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13/11/2019 às 06:31, Atualizado em 12/11/2019 às 16:06

Conheça Roberto Tobar, árbitro 'brigão' que vai apitar Flamengo x River Plate

Chileno que vai apitar a decisão da Libertadores se envolveu em brigas com jogadores e em escândalo chamado de Clube do Pôquer.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) designou nesta terça-feira um árbitro chileno com currículo polêmico para dirigir a final da Copa Libertadores, no dia 23, em Lima, entre Flamengo e River Plate. Roberto Tobar, de 41 anos, se transformou em um dos principais nomes do apito em seu país ao superar um passado tumultado, com brigas e participação em um escândalo.

Tobar teve passagens inusitadas por ameaçar agredir jogadores. Em 2016, dois casos foram os mais emblemáticos. Pela Copa Libertadores daquele ano, em La Paz, The Strongest e São Paulo empataram por 1 a 1 e os jogadores tiveram uma briga generalizada na saída do gramado. A polícia teve de apartar a confusão e no caminho para o vestiário, atletas da equipe boliviana acusaram Tobar de chamá-los para brigar.

No mesmo ano, pelo Campeonato Chileno, um encontro entre Deportes Iquique e Unión Española acabou com muita reclamação. Um jogador do Iquique reclamou que ao contestar a marcação de um pênalti, ouviu do árbitro que apanharia depois da partida. Em seu país Tobar se envolveu ainda em um grande escândalo da arbitragem chilena em 2012, o chamado "Clube do Pôquer", o que lhe rendeu oito meses de suspensão.

O esquema era comandado pela chefia de arbitragem da Associação Nacional do Futebol do Chile e consistia em reuniões dos árbitros para jogar cartas. Quem perdesse as disputas, era escalado para trabalhar em jogos de menor importância e usava o pagamento pelo trabalho para pagar as despesas com as derrotas no pôquer. Tobar só começou a recuperar prestígio em 2014, ao voltar a atuar em partidas importantes no Chile.

O chileno é engenheiro de computação, mora em Santiago e no ano passado dirigiu a primeira partida da final da Copa Libertadores, em La Bombonera, entre River Plate e Boca Juniors. Neste ano, ele atuou na decisão da Copa América vencida pelo Brasil por 3 a 1 sobre o Peru, no Maracanã.

Conteúdo Estadão

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