Publicado em 06/05/2018 às 13:15, Atualizado em 06/05/2018 às 17:17

Com time misto, Corinthians para no Ceará e chega a quatro jogos sem vencer

O jogo foi neste domingo de manhã.

Redação,

Neste domingo (6), a Arena recebeu 40 mil torcedores, mas o resultado não foi o esperado para o time da casa. Fechado à defesa depois de abrir o placar com um golaço de Wescley, o Ceará segurou o empate por 1 a 1 com os corintianos. Henrique, capitão do time misto escalado por Fábio Carille, fez de cabeça.

Com uma formação ofensiva pesada, com 71 anos combinados entre Danilo, que se machucou, e o estreante Roger, o Corinthians não foi um time inspirado, exceto pelo jovem Pedrinho. Sem seus titulares, conseguiu só um ponto e fica com 7 após quatro rodadas do Brasileirão. O Ceará, por sua vez, chegou a dois em um início de campeonato com tabela ingrata - Santos, São Paulo, Flamengo e agora os corintianos foram seus primeiros rivais.

Pedrinho suportou 79 minutos e, enquanto esteve em campo, e principalmente com gás, foi o melhor jogador do time de Carille. Arriscou dribles, deu bons passes e até sofreu um pênalti, na visão dos corintianos, ao ser pisado na área. Mas, cansado, saiu para a entrada de Sheik.

Escalado pela ponta direita do Ceará, Wescley também conseguiu bons lances, levou perigo e anotou um golaço - além de marcar muito a Sidcley, que apoiou pouco.

Mais um jogador que não aparecia havia muito tempo entre os titulares, Marquinhos decepcionou. Errou finalizações, passes e, como sempre ocorre quando ele não vai bem, a torcida pegou no pé. Saiu no segundo tempo para a entrada de Mateus Vital.

Depois de três semanas aproximadamente de preparação, Roger foi escalado para o time titular e não brilhou. Mais fixo, saiu da área em momentos bem esporádicos, mas sua exibição foi discreta e as oportunidades para concluir foram poucas. O centroavante teve uma grande chance aos 36 minutos do segundo tempo, mas - livre dentro da área - cabeceou para fora.

O golaço de Wescley, aos 8min de jogo, foi o primeiro da equipe após três rodadas sem marcar no Brasileirão. Essa era a maior "seca" do time cearense desde 1971, quando também passou três partidas seguidas na Série A balançar as redes. Curiosamente, o Ceará anotou o primeiro gol justamente quando o técnico Marcelo Chamusca optou por deixar Arthur, artilheiro do time no ano, no banco de reservas. O atacante soma 16 gols na temporada.

Com desgaste, Carille poupou Balbuena, Rodriguinho, Romero, Mateus Vital e ainda Jadson, que foi a campo ainda no primeiro tempo. A equipe, com Roger e Danilo, se mostrou pesada e incapaz de pressionar a saída de bola do Ceará. Com a entrada de Jadson, e depois apostas em Vital e Sheik, o treinador tentou mudar o panorama, amplificado pela sequência de jogos e o calor das 11h.

Marcelo Chamusca, por sua vez, deixou sistema com três zagueiros e surpreendeu na escalação com um 4-2-3-1 e jogadores dos lados do campo muito dedicados à marcação. Depois de abrir o placar, porém, o Ceará não foi mais o mesmo e perdeu seu ímpeto ofensivo.

Danilo jogou na posição que deseja, como meia, mas não teve forças para aguentar além de 27 minutos. O veterano, 39 anos, saiu por problemas na panturrilha para a entrada de Jadson. Ele não era titular desde julho de 2016, dia de empate em clássico com o São Paulo. Parece cada vez mais madura a decisão de que esse seja o último ano de sua vitoriosa carreira.

O Corinthians aproveitou a partida deste domingo para fazer um alerta para a crise humanitária na Síria, que há quase uma década vive uma guerra civil. Os jogadores vestiram camisas com os respectivos nomes escritos em árabe, e entraram em campo com 18 crianças do país. Além disso, o ex-BBB Kaysar - nascido na cidade síria Alepo - também esteve na Arena para participar da ação. Os convidados usavam camisetas com a inscrição "Time do Povo".