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21/09/2017 às 06:15, Atualizado em 21/09/2017 às 01:24

CBF adia estreia do árbitro de vídeo por exigência de clubes

O VAR fará parte da reta final do Brasileirão.

A ideia da CBF em usar o VAR (árbitro de vídeo, em português) em apenas duas partidas da 25ª rodada do Campeonato Brasileiro foi amplamente rejeitada pela maioria dos clubes que disputam a competição. Por isso, Marco Polo del Nero, presidente da entidade e que havia prometido implantar o sistema já para o fim de semana, teve de recuar. O VAR fará parte da reta final do Brasileirão, mas agora não há mais um prazo para a estreia do sistema na Série A1.

Conforme a Gazeta Esportiva antecipou nessa terça, o clássico entre São Paulo e Corinthians e o duelo entre Fluminense e Palmeiras haviam sido escolhidos pela CBF em função do Morumbi e do Maracanã serem os estádios da rodada que dispunham da infraestrutura necessária.

Mas, apesar do regulamento, em seu Artigo 77, permitir o uso da tecnologia sem a necessidade de abranger os dez jogos da rodada, a pressão foi muito grande contra tal desigualdade. Assim, ficou decidido que árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro só quando todos os jogos foram contemplados.

Outro ponto que contribuiu, e muito, para a CBF rever sua posição é o fato da dona dos direitos de transmissão não ter condições de se adequar ao protocolo da International Football Association Board (IFAB) em tão pouco tempo. Como não tem sua própria geração de imagens, a CBF depende das imagens da Globo para o VAR entrar em ação.

Agora, a Comissão Nacional de Arbitragem, chefiada pelo Coronel Marinho, ganha tempo para preparar os profissionais. Nessa sexta, Wilton Sampaio, Sandro Meira Ricci e Anderson Daronco retornaram do treinamento de VAR promovido pela Conmebol. Os assistentes Marcelo Van Gasse e Emerson Carvalho também estão aptos a colaborar na disseminação do projeto dentro do quadro de árbitros da CBF.

Como funcionará

De acordo com o protocolo da IFAB, o árbitro de vídeo só poderá prestar auxílio em quatro situações: lances de gol; dúvida sobre pênalti dentro ou fora da área; identificação de jogadores para advertência; e gravidade para expulsão de algum atleta.

O uso do VAR está descartado para qualquer situação fora desses quatro contextos. Para a tomada de outras decisões, o árbitro da partida seguirá com o apoio apenas de seus assistentes de campo.

A cabine do VAR será composta por um operador de imagens, um árbitro, um assistente e um supervisor, que poderá ser consultado em situações mais complexas.

Fonte - Terra

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