<b>Sem votação, parmegiana e presidente acuado. Saiba como Oswaldo foi vetado </b>

A volta de Oswaldo de Oliveira ao Santos após nove meses de sua demissão já estava acertada desde a noite da última quinta-feira. No entanto, antes do anúncio oficial, o Comitê Gestor do clube convocou um "almoço" nesta sexta-feira, na Vila Belmiro, para vetar a contratação.

Apesar de dezenas de "quentinhas", com bife à parmegiana, o almoço foi indigesto para todos os presentes no local. O presidente Modesto Roma foi acuado pelo colegiado santista, que sequer precisou de votação para vetar Oswaldo de Oliveira.

O clima foi quente. Alguns integrantes do Comitê levantaram a voz para Modesto ao dizer que ele não podia ter fechado um acordo com Oswaldo sem comunicá-los.  

Com o respaldo do estatuto do clube, que determina que qualquer contratação precisa ser aprovada pelo Comitê Gestor, Oswaldo de Oliveira foi vetado por unanimidade entre os integrantes do colegiado.

Com isso, Modesto Roma não pôde evitar a decisão e, por isso, bastou ao mandatário ligar para o diretor executivo, Dagoberto Santos, que estava com Oswaldo no Rio de Janeiro, para avisá-lo que o negócio havia "melado".

Marcelo Fernandes foi chamado às pressas para a reunião. Ele foi avisado que permaneceria no comando e comemorou a decisão, apesar da amizade que possui com Oswaldo de Oliveira. Os dois já tinham até conversado sobre o elenco santista.

Modesto Roma e Dagoberto Santos travam uma "queda de braço" com o Comitê Gestor desde o primeiro mês de mandato. O presidente, inclusive, já costura nos bastidores uma forma de modificar o estatuto do clube para acabar com o Comitê Gestor.