Publicado em 23/12/2017 às 10:04, Atualizado em 22/12/2017 às 19:27

Brasil fecha ano com 18 atletas olímpicos com pódios em mundiais

O levantamento foi feito pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil).

Redação,

O esporte olímpico brasileiro vai encerrar a temporada de 2017, que abriu o ciclo olímpico rumo a os Jogos de Tóquio-2020, com 18 atletas posicionados entre os três melhores em Campeonatos Mundiais ou torneios similares.

O levantamento foi feito pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil). Em um hipotético quadro de medalhas, as 18 conquistas no ano deixariam o país na 15ª posição, imediatamente atrás da Nova Zelândia.

Em 2013, primeiroano do ciclo olímpico dos Jogos do Rio, o país ganhou 27 medalhas em Mundiais ou equivalentes.

Além dos 18 brasileiro colocados entre os três primeiros em competições mundiais, o país Brasil teve três atletas no top 3 de rankings. São eles o surfista Gabriel Medina, caratecas Vinicius Figueira e Valéria Kumizaki. O surfe e o caratê determinam os melhores por meio de rankings e não por um evento considerado Mundial. Por isso não estão no levantamento do COB.

"Avaliamos que estar entre os 15 primeiros é, neste momento, uma posição bem equacionada. É uma posição justa para o Brasil neste momento", afirmou à Folha Jorge Bichara, gerente-geral de alto rendimento do COB.

A última expectativa de resultado positivo era seleção feminina de handebol, que acabou eliminada na primeira fase do Campeonato Mundial, neste mês. Acabou apenas na 18ª colocação.

Se fosse considerada apenas a contagem de ouros, o país seria 20º -ao todo, foram três ouros, nove pratas e sete bronzes na temporada.

Nos Jogos do Rio, a delegação brasileira foi 13ª colocada nos dois critérios. Com isso, não alcançou a meta do top 10 estipulada pelo COB.

As medalhas douradas foram conquistadas pela judoca Mayra Aguiar (Mundial), pela dupla de vôlei de praia Evandro e André (Mundial) e pela seleção feminina de vôlei (Grand Prix).

Na avaliação do dirigente, o número de pódios foi satisfatório dadas as condições adversas de um ano em que Carlos Arthur Nuzman renunciou à presidência do COB e o órgão que perdeu praticamente todos os seus patrocinadores privados.

"Isso é uma sinalização positiva, principalmente porque estamos falando no ano mais difícil da história olímpica, institucionalmente, para o Brasil", disse Bichara.

"Este foi um ano difícil,e em nossa observação o ano que vem também será bem difícil", complementou.

Além dos três medalhistas de ouro, outros destaques do país foram o revezamento 4 x 100 m livre e Bruno Fratus (50 m livre), pratas na natação no Mundial de esportes aquáticos de Budapeste; a canoísta Ana Sátila, bronze mundial na canoagem slalom C1; e o marcador Caio Bonfim, bronze no Mundial de Londres.

A principal decepção ficou por conta do saltador Thiago Braz, campeão olímpico que foi retirado do Mundial de atletismo de Londres por estar em má fase.

PÓDIOS BRASILEIROS

3 ouros

1 judô (Mayra Aguiar)

1 vôlei feminino

1 voleibol de praia masculino (Evandro/André)

8 pratas

2 judô (David Moura e

por equipe)

2 natação (Bruno Fratus e 4x100m livre masc.)

2 skate (Pedro Barros e

Letícia Bufoni)

1 vela (Martine Grael/Kahena Kunze)

1 vôlei masculino

7 bronzes

1 atletismo (Caio Bonfim)

1 canoagem slalom

(Ana Sátila)

1 canoagem velocidade

(Isaquias Queiroz)

1 judô* (Erika Miranda)

1 maratona aquática (Ana Marcela Cunha)

1 skate (Kelvin Hoefler)

1 vôlei de praia feminino (Larissa/Talita)

*Rafael Silva também foi bronze no Mundial de judô, no peso pesado (+100kg). Como nos Jogos Olímpicos apenas um atleta por país compete em cada categoria, neste caso, o COB só contabilizou a prata de David Moura.

Fonte - FolhaPress