Publicado em 18/08/2015 às 16:48, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Arbitragem reage a críticas e diz que tecnologia da TV expõe juízes

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, UOL

A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) reagiu às críticas feitas por clubes após rodada de lances polêmicos no Brasileirão. A entidade entende que os recursos técnicos usados nas transmissões das partidas atualmente servem para "malhar os juízes" e reivindica a adoção da tecnologia das TVs também para auxiliar a arbitragem.

"Ou se coloca a tecnologia também em nosso favor ou então se retira esses recursos das transmissões. A TV é equipada com câmeras que aumentam a visão em 300 mil vezes, sendo possível enxergar até uma formiga no campo. É humanamente impossível que se cobre de um árbitro uma mesma visão do lance", declarou o presidente da Anaf, Marco Antônio Martins.

O presidente da Anaf diz que federações e CBF pouco investem na aquisição de recursos tecnológicos para facilitar o trabalho dos juízes. Martins cita a linha inteligente (que detecta quando a bola ultrapassou a linha de gol) usada na Copa do Mundo, mas que não é utilizada no Brasileirão.

"A Fifa deixou essa tecnologia no Brasil, mas está desligada".

Segundo Martins, outra ação que colaboraria para decisões dos árbitros em campo seria a presença de auxiliares atrás dos gols, recurso que já foi testado.

"Veja o exemplo do vôlei. Quando há um lance polêmico, é utilizado um recurso que avalia se houve o toque na bola ou se a bola foi para fora. Você perde alguns segundos para a análise, mas se tem uma resposta justa, evitando polêmicas. Por que no futebol não pode ter o mesmo? Mas a TV vai ficar muito brava em parar a transmissão".

Outra sugestão levantada pela Anaf é a possibilidade de o árbitro receber orientações por meio de avisos externos. O recado viria após análise de lance pela TV.

"Eles não permitem que o árbitro receba aviso de fora porque vão contestar a vida do profissional que passou a informação. A arbitragem ainda é vista como um custo e não como um investimento".