Publicado em 18/05/2015 às 17:44, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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O Palmeiras fez um bom começo de 2015: o vice campeonato paulista trouxe confiança à torcida. O início de Brasileirão, entretanto, não é tão positivo: foram dois empates, sendo um em casa, diante do Atlético-MG, e outro contra o Joinville, recém promovido da Série B. Não é motivo para preocupação excessiva, mas o começo, aliado a uma analise da campanha no Paulista, dá alguns alertas e mostra problemas no alviverde.
Mais do que os dois resultados, chamou a atenção o futebol apresentado. Os setores de meio campo e ataque não funcionaram bem; acabou faltando criatividade e finalização. O Palmeiras de 2015 sente falta de um artilheiro. O comando de ataque, ao longo da temporada, foi dividido por Cristaldo, Leandro Pereira e Gabriel Jesus. Juntos, somam nove gols, dois a menos do que os onze marcados pelo santista Ricardo Oliveira no Paulista. Nenhum deles marcou ou protagonizou jogadas de gol nos dois jogos pelo Brasileirão.
Apesar do vice paulista, o alviverde é um time que oscila diante dos adversários mais fortes. Na temporada, contra times da Série A, tem duas vitórias, três empates e três derrotas (37,5% de aproveitamento). As duas vitórias, contra São Paulo e Santos, foram incontestáveis, mas vale lembrar que os adversários não terminaram as partidas com 11 jogadores em campo.
Nos confrontos contra rivais de Série A, foram dez gols marcados apenas um por um centroavante (Leandro Pereira, diante do Santos) e dez sofridos. O alviverde terminou a primeira fase do Paulista como o pior ataque dentre os quatro grandes do estado, com 23 gols.
O Palmeiras também tem alguns problemas entre seus principais assistentes, Robinho e Dudu, com seis passes para gol cada. O primeiro caiu muito de produção com a lesão de Arouca e a entrada de Valdivia e Cleiton Xavier no time: recuado para volante, deixou de ser um dos principais destaques do time. O camisa 7 será julgado nesta segunda pela Justiça Desportiva, e pode pegar até seis meses de suspensão.
A atuação fraca diante do Joinville neste domingo mostra o que o vice-campeonato paulista acabou escondendo por alguns dias: o Palmeiras é um time em formação, que ainda oscila contra os adversários mais fortes e tem alguns problemas a resolver, principalmente no setor ofensivo.
Para encontrar a regularidade, Oswaldo de Oliveira tem opções: pode experimentar um esquema com dois armadores, aproveitando a volta de Cleiton Xavier, abrir mão de um camisa 9 ou dar oportunidade a outros jogadores como Kelvin, que vem entrando bem. Além disso, ainda podem surgir oportunidades no mercado de transferências.
O Palmeiras volta a campo pelo Brasileirão no domingo, quando recebe o Goiás no Allianz Parque. O alviverde não vence uma partida pelo Brasileirão desde o dia 2 de novembro do ano passado, quando bateu o Bahia. Desde então, são oito partidas sem vitória.