Publicado em 04/02/2014 às 16:04, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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A reação dos jogadores do Corinthians à invasão ao centro de treinamento (CT), ocorrida no sábado, pode causar a saída de atletas do clube.
A reportagem apurou com jogadores do time que a violência da torcida fez com que parte do elenco, entre titulares e reservas, queira deixar o Corinthians por medo.
A invasão dos torcedores ao CT resultou na destruição dos carros do zagueiro Paulo André e do auxiliar de preparação física Flávio Grava, filho do médico Joaquim Grava. Três celulares, um deles que pertencia ao meia Ramírez, e um rádio foram roubados. Uma porta de vidro do local foi quebrada.
O atacante Guerreiro chegou a ser esganado por um dos torcedores.
Dada a possibilidade de passar novamente por esse tipo de pressão, os jogadores corintianos cogitam seriamente deixar o clube.
O entendimento de líderes do elenco alvinegro é que a diretoria corintiana deveria ter sido mais veemente nas reações após a invasão.
No sábado, após o acontecimento, os jogadores disseram à direção que não queriam jogar contra a Ponte Preta, pois estavam apavorados.
A vontade do presidente Mário Gobbi e da diretoria era a mesma, o que os levou a tentar adiar a partida contra a Ponte Preta, em Campinas.
Mas por força de contratos assinados com a Federação Paulista e com a TV Globo, detentora dos direitos de transmissão, o clube não poderia se negar a jogar.
Essa informação foi passada, ainda no sábado, pela diretoria aos jogadores. E os cartolas e os atletas entraram em consenso de que o Corinthians deveria ir a campo.
O presidente Mário Gobbi disse ontem que nenhum atleta manifestou desejo de sair do clube. "Nenhum jogador pediu para ir embora. Todos estavam abalados emocionalmente. Foi chocante para todos nós."