As vendas de carros importados por marcas sem fábrica no país caíram pelo segundo ano seguido graças às restrições tributárias do Inovar Auto e à elevação no dólar.
Em 2013, foram emplacados 112.897 veículos estrangeiros, volume 13,4% menor do que o registrado no ano anterior, segundo dados da Abeiva (associação dos importadores).
O setor de importados vinha registrando taxas expressivas de crescimento na esteira da queda do dólar após a crise financeira mundial. Em 2011, por exemplo, as vendas avançaram 87,4%.
Preocupado com a substituição dos modelos nacionais por importados, o governo lançou um programa de incentivo à produção local que elevou a tributação das marcas sem fábrica no país, reunidas na Abeiva.
Importações do Mercosul e do México, além daquelas feitas por montadoras com unidades no Brasil, como Volkswagen e GM, não entram na estatística da associação.
Com a barreira tarifária, questionada pelos europeus mais tarde na OMC (Organização Mundial de Comércio, as vendas passaram a cair. Em 2012, a retração foi de 35,2%. Marcas de volume, como as chinesas Chery e JAC, além da coreana Kia foram as mais afetadas.
A Kia vendeu cerca de 30 mil unidades no ano passado, 30% menos do que em 2012. No pico, a coreana chegou a comercializar mais de 80 mil unidades no país. JAC e Chery também voltaram ter queda no ano passado.
As marcas de luxo vivem momento oposto. BMW, Land Rover e Audi cresceram mais de 30% no ano passado beneficiadas por uma cota extra sem o adicional de imposto, ligada à produção futura no país. As três anunciaram a instalação de fábrica no Brasil.
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