A colheita do milho safrinha, iniciada oficialmente nesta quinta-feira (25), deve superar a previsão de produtividade de 8,3 sacas/hectare, estimada logo após o término do plantio, no início de março. A expectativa é de produção igual ou superior a de 2014, quando a produtividade atingiu 8,5 sacas/hectare.
Na fazenda de Zelir Antônio Maggioni, na saída para Sidrolândia, a produção deste ano deve superar em 10% a de 2014. No ano passado a produtividade foi de 100 sacas/hectare, neste ano, pelo que já colhemos, estimamos entre 110 a 120 sacas/hectare.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja), Mauricio Sato, explica que a previsão negativa, feita após o plantio, se deve a uma somatória de fatores que fizeram os produtores investirem menos na produção deste ano. A falta de chuva, que atrasou o plantio, também deixou os produtores mais cautelosos e com isso investindo menos na safra deste ano. Porém quando as chuvas chegaram, elas vieram mais generosas, desenvolvendo a produção e nos dando a expectativa de crescimento superior, até a de 2014, que foi de 8,5 sacas/hectare, comenta o presidente.
A previsão de 2015 mantém o ritmo de crescimento que grão vêm conquistando ano após ano. Dados da Aprosoja/MS nos últimos cinco anos a produção do milho no Estado aumentou em 130%, passando de 3,6 milhões de toneladas em 2010 para 8,3 milhões de toneladas em 2015. Já na produtividade, o aumento foi de 67,5 para 83,8, o que representa 24% de crescimento em cinco anos.
O preço da saca do grão também deve ter aumento em relação a 2014, passando de R$ 17,00 para R$ 18,00 neste ano. O valor bruto total do grão em MS pode chegar a R$ 2,5 bilhões em 2015.
Exportações:
De acordo com os dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex), entre janeiro e maio de 2015 as vendas externas de milho grão totalizaram 370,6 mil toneladas, que representa um crescimento de 46% em relação ao mesmo período de 2014.Os principais exportadores de MS foram o Vietnã, Irã, Indonésia, Taiwan, Japão e Arábia Saudita. Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor do grão no Brasil, ficando atrás apenas de Goiás e Mato Grosso.
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