Publicado em 26/11/2025 às 13:42, Atualizado em 26/11/2025 às 15:44

Primeira parcela do 13º deve ser paga até sexta-feira e Ministério do Trabalho faz alerta sobre o prazo

Em Mato Grosso do Sul, o benefício deve movimentar R$ 5,2 bilhões na economia neste fim de ano

Redação,
Cb image default
Divulgação

A primeira parcela do décimo terceiro salário deve ser paga até sexta-feira (28), e o Ministério do Trabalho e Emprego alerta empregadores e trabalhadores sobre o cumprimento do prazo. O descumprimento pode gerar multas significativas, inclusive por trabalhador prejudicado.

Em Mato Grosso do Sul, o benefício deve movimentar R$ 5,2 bilhões na economia neste fim de ano, um crescimento de 22,4% em relação a 2023, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Desse total, R$ 3,9 bilhões vão para trabalhadores com carteira assinada e R$ 1,2 bilhão para aposentados e pensionistas. No Estado, 893.441 trabalhadores do mercado formal devem receber o benefício neste ano.

A parcela do 13º salário originada do setor varejista é o principal vetor de dinamização da economia sul-mato-grossense no fim de ano, segundo análise da Federação das CDL’s (Camâra dos Digirentes Lojistas) de Mato Grosso do Sul, a qual reforca que grande parte do valor será pago aos trabalhadores do mercado formal, grupo no qual o comércio tem uma das maiores participações.

Para a presidente da FCDL-MS, Inês Santiago, o papel do varejo nesse período é determinante. “É o 13º salário pago pelo próprio varejo e por atividades diretamente conectadas a ele que retorna mais rápido para a economia. Esses recursos entram no bolso de quem compra presentes, abastece a casa, contrata serviços e reforça o consumo diário, fazendo o dinheiro circular com velocidade”, afirma.

Roda da economia

Esse fluxo tem impacto direto sobre o desempenho das vendas porque corresponde justamente à renda dos consumidores que realizam compras recorrentes, movimentam centros comerciais, ampliam o giro das lojas e ativam serviços associados ao setor. É, portanto, a parcela do 13º que retorna mais rapidamente para o ciclo de consumo.

Segundo a Federação, esse fluxo de recursos gera três efeitos centrais sobre a dinâmica econômica do período. O primeiro é o aumento imediato da procura por produtos e serviços. Com o pagamento do 13º a empregados do comércio e de setores ligados ao varejo, cresce o consumo de itens de uso cotidiano, das compras sazonais e de presentes, movimento que reforça a atividade em lojas de rua, shoppings e polos comerciais de bairro.

O segundo efeito é o fortalecimento da atividade interna do próprio varejo. O setor vivencia um ciclo em que, ao mesmo tempo em que paga o benefício aos seus trabalhadores, recebe parte desse valor de volta na forma de consumo.

O terceiro ponto, é o impacto sobre o emprego formal. O aumento de 38.160 trabalhadores com carteira assinada em Mato Grosso do Sul ampliou a base de beneficiários do 13º salário. Como boa parte desse avanço está concentrada em segmentos ligados ao comércio, o efeito multiplicador torna-se ainda mais expressivo, sustentando a geração de renda e ampliando o potencial de vendas no fim do ano.

Para Inês Santiago, o fechamento do ano depende diretamente desse impulso. “O varejo é o setor que injeta e recebe de volta a maior parcela do 13º salário. É isso que garante movimento nas lojas, geração de empregos e estabilidade para o início do próximo ano”, avalia.