Publicado em 22/02/2021 às 13:00, Atualizado em 22/02/2021 às 11:56

Presidente da Câmara propõe auxílio permanente a famílias de baixa renda

Ideia é que novo benefício remunere melhor que o Bolsa Família

Redação,
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Divulgação

O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que o governo federal pague uma espécie de auxílio emergencial permanente a famílias de baixa renda, mas sem as limitações do Bolsa Família.

Em entrevista ao Jornal O Globo, o deputado afirma que, com o Bolsa Família, um cidadão recebe R$ 190 e vive na clandestinidade. Caso a nova proposta seja aprovada, esse novo benefício seria mais bem remunerado.

Ainda conforme Lira, há a necessidade de desvincular o orçamento, pois segundo ele, prefeitos e governadores são obrigados a jogar dinheiro fora para cumprir o mínimo constitucional.

“Eu quero desvincular o orçamento. Hoje, você tem orçamento que bota 25% para educação, 30% para saúde, “x” para penitenciárias, vem todo carimbadinho. Então, de 100% do Orçamento, 96% você não pode mexer”, explicou Lira.

Novo auxílio emergencial

A ajuda deverá ficar em torno de R$ 250 a ser pago nos meses de março, abril e maio, podendo ser prorrogado para junho. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já adiantou que cerca de 40 milhões de brasileiros devem receber o novo auxílio emergencial, número abaixo dos cerca de 68 milhões que receberam a ajuda no início da pandemia.

Assim, estima-se que em torno de 33 milhões de brasileiros, além de 14 milhões de beneficiários do programa Bolsa Família, sejam selecionados através de um cruzamento de bancos de dados, que foi utilizado como funil para determinar os contemplados da nova rodada do auxílio emergencial. O trabalho aconteceu nos últimos 11 meses.

Para selecionar quem será contemplado, o ministro adiantou que não será necessário realizar uma nova inscrição, pois o Ministério da Cidadania irá fazer uma ‘peneirada’ dos cadastros na base do governo para identificar quem atende aos novos critérios. Porém, não foi detalhado a faixa de renda ou quais outros critérios serão adotados.

Outra definição foi não conceder o pagamento dobrado a mulheres chefes de família, que chegaram a receber R$ 1,2 mil na primeira fase do auxílio emergencial, que era de R$ 600.

Não é descartada a possibilidade de prorrogação, assim como ocorreu no ano passado, quando o programa começou com pagamento de 5 parcelas de R$ 600 e foi estendido por mais 3 meses, com valor de R$ 300 e para um número menor de trabalhadores.