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21/03/2020 às 09:30, Atualizado em 20/03/2020 às 17:02

Prejuízo na economia da Capital pelo coronavírus chega a R$ 90 milhões

De acordo com a pesquisa, aplicada pela internet, em Campo Grande 30,85% das pessoas deixaram de participar de reuniões de trabalho.

Pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS) em parceria com o Sindivarejo de Campo Grande e Câmara dos Dirigentes Lojistas de CG aponta que entre 02 e 19 de março o COVID-19, Coronavírus, causou uma perda de R$ 90 milhões na economia da Capital e impactou a rotina das pessoas.

Considerando uma persistência do atual cenário, o impacto em um mês é estimado em R$ 270 milhões para Campo Grande e mais de R$ 300 milhões no Estado, já levando em conta medida adotada ontem 19/03, pela Prefeitura de CG, que determina a suspensão de atendimento presencial em estabelecimentos comerciais até o dia 05/04, excetuando aqueles que exercem atividades consideradas essenciais, como supermercados, postos de combustíveis, farmácias, entre outros.

“É um cenário preocupante para a saúde de nossa economia, por isso estamos desde o início desta semana, no âmbito do Comitê de Monitoramento de Crise (CMC) postulando medidas de apoio às empresas como dilatação de prazo para recolhimento de impostos, redução de alíquotas e postergação de prazo para entrega de declaração”, diz o presidente do Sistema Fecomércio MS, IPF-MS, Sesc e Senac, Edison Araújo.

Dos empresários entrevistados, 88% informam queda nas vendas, estimando em 69,27% o declínio para os próximos dias. O reflexo direto está na redução do número de colaboradores, projetada em 24,58%. Como estratégia, as vendas à distância, que já aumentaram, assim como entregas em domicílio, devem ser intensificadas. A mudança na forma de cumprimento e disponibilização de álcool em gel são as principais medidas preventivas adotadas pelos estabelecimentos.

Os idosos pertencem ao grupo mais vulnerável ao vírus, com índice de letalidade próximo a 15% entre os que têm mais de 60 anos, ainda assim, 18% dos entrevistados informam que com a suspensão das aulas as crianças ficarão com os avós.

De acordo com a pesquisa, aplicada pela internet, em Campo Grande 30,85% das pessoas deixaram de participar de reuniões de trabalho, 16,42% desmarcaram viagens de férias, 36,32% deixaram de viajar a trabalho, 72,64% melhoraram a higiene pessoal, 57,21% reduziram os momentos de lazer fora de casa, entre outras mudanças de comportamento, como deixar de ir à academia (24,38%) e compraram ou pretendem fazer compras em supermercados (32,34%).

“A pesquisa também traça uma relação com a renda dos entrevistados e revela que os impactos/medidas preventivas prevalecem entre os que estão na faixa acima de R$ 4 mil. A informação é fundamental para que as pessoas estejam conscientes sobre as formas de prevenção. Em relação ao gênero, as mulheres são as mais cautelosas”, pontua a pesquisadora do IPF-MS, Daniela Dias.

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