Menos de um mês após os trabalhadores da Mercedes-Benz encerrarem uma greve na empresa, após a montadora tentar dispensar 500 funcionários, a empresa anunciou novo período de férias coletivas para a unidade de São Bernardo.
A partir de 1º de junho, por um período inicial de 15 dias, cerca de 7.000 empregados das linhas de produção de caminhões, ônibus, câmbio e motor devem permanecer em casa.
A fábrica emprega em São Bernardo 10,5 mil pessoas entre horistas e mensalistas. A queda nas vendas de veículos comerciais (inclui caminhões e ônibus) é de cerca de 40%, segundo o setor.
"Há mais de um ano, a Mercedes-Benz do Brasil tem buscado, junto ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, gerenciar o excesso de pessoas na fábrica de São Bernardo do Campo, em razão da forte queda de vendas de veículos comerciais no mercado brasileiro", informou a montadora em nota.
Além das férias coletivas, a montadora afirmou que já adotou várias medidas, desde o ano passado, como semanas curtas (com três ou quatro dias de produção), folgas coletivas, licenças remuneradas, "lay-offs" (suspensão temporária do contrato de trabalho) e programas de demissão voluntária por causa da retração nas vendas.
Sem divulgar números, a montadora confirma que o último PDV teve baixa adesão e por essa razão terá de encerrar os 500 contratos de trabalho do grupo que está em "lay-off" até o dia 29 de maio. Outros 200 têm estabilidade no emprego, por serem portadores de doenças profissionais, e estão com contratos suspensos até o final de setembro.
No total, a empresa informa ter um excedente de cerca de 1.750 empregados, além dos 750 com contratos suspensos.
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