Publicado em 10/12/2025 às 15:04, Atualizado em 10/12/2025 às 17:27
Reajuste será de 6,79%
O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou, nesta quarta-feira (10), que o salário mínimo será reajustado para R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026. O valor representa um aumento de R$ 103 em relação ao piso atual de R$ 1.518, resultando em uma correção total de 6,79%.
O cálculo segue a política de valorização aprovada pelo governo federal, que considera dois indicadores: a inflação acumulada em 12 meses até novembro, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e o crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores. No entanto, uma lei sancionada em dezembro de 2024 limitou o ganho real do salário mínimo a 2,5%. Dessa forma, o reajuste combina a inflação de 4,4% divulgada pelo IBGE com o crescimento econômico limitado ao teto estipulado.
O novo valor começa a ser pago aos trabalhadores a partir de fevereiro, quando recebem os salários referentes ao mês de janeiro. O impacto do reajuste é amplo, uma vez que o salário mínimo serve de base para benefícios previdenciários, seguro-desemprego, abono salarial e outros programas vinculados ao piso nacional.
Embora trabalhadores que recebem exatamente um salário mínimo permaneçam isentos do Imposto de Renda, ainda incide o desconto previdenciário. Com a alíquota de 7,5% do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o salário líquido do trabalhador será de R$ 1.507,15.
O governo afirma que a política de valorização busca preservar o poder de compra das famílias e garantir previsibilidade na evolução do piso nacional. O reajuste será oficializado na lei orçamentária de 2026.