Com nova queda no primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) neste mês de setembro em valores brutos, o montante recebido na última semana foi de R$ 33,540 milhões, 38,13% abaixo dos R$ 20,673 milhões repassados no mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) , prefeituras de Mato Grosso do Sul enfrentam agravamento da crise, recorrendo ao escalonamento de salários de servidores para tentar equilibrar as contas, e já têm um compromisso batendo à porta, como arranjar recursos para pagar o décimo terceiro salário do funcionalismo público, em meio à queda de repasses e baixa arrecadação.
O pagamento do 13º salário realmente é preocupante. Temos alguns municípios que vão contar com uma receita extra, agora que a CCR MSVia começou a operar (na rodovia BR-163); essas prefeituras vão receber 1% de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e é uma receita que pode ajudar, mas não é suficiente. O governo federal todo fim de ano repassa 1% aos municípios, para ajudar no fechamento das contas e vamos aguardar. Mas será difícil, para muitas prefeituras, fechar o ano com as contas em dia, principalmente pagando o 13º, afirmou ao Correio do Estado o presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), Juvenal Neto.
Além das quedas consecutivas nos repasses do FPM que são compostos por 23,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) , o dirigente da Assomasul destaca que, com a recessão da economia, houve também redução na arrecadação de impostos estaduais e municipais. Como é o ICM? Depende da movimentação das indústrias nos Estados. Se tem queda da arrecadação, tem queda no repasse, comentou.
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