Publicado em 03/12/2015 às 13:21, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23

BC vê alta maior nos preços da gasolina, gás e energia elétrica

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Redação, G1

O ano deve terminar com alta de 52,3% nos preços da energia elétrica, e de 17,6% na gasolina, segundo estimativa divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira (3). A previsão faz parte da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa de juros em 14,25%.

Na ata anterior, em outubro, o BC previa altas menores, de 15% na gasolina e de 51,7% na energia elétrica. Também ficou maior a expectativa de alta dos preços do gás de botijão, que passou de 19,9% na ata de outubro para 21,7% no documento divulgado nesta quinta. 

O governo anunciou, no início deste ano, que não pretende mais fazer repasses à CDE – um fundo do setor por meio do qual são realizadas ações públicas – em 2015, antes estimados em R$ 9 bilhões. Com a decisão do governo, as contas de luz dos brasileiros tiveram fortes aumentos ao longo do ano.

Custo em alta O custo de produção de eletricidade no país vem aumentando principalmente desde o final de 2012, com a queda acentuada no armazenamento de água nos reservatórios das principais hidrelétricas do país.

Para poupar água dessas represas, o país vem desde aquela época usando mais termelétricas, que funcionam por meio da queima de combustíveis e, por isso, geram energia mais cara. Isso encarece as contas de luz. Entretanto, também contribui para o aumento de custos no setor elétrico o plano anunciado pelo governo ao final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%.

Para chegar a esse resultado, o governo antecipou a renovação das concessões de geradoras (usinas hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisaram receber indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos até então. Essas indenizações ainda estão sendo pagas, justamente via CDE.

Com a alta da tributação sobre gasolina e fim de repasses para a conta de luz, o Banco Central informou que prevê, para o conjunto de preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros), um aumento de 17,7% neste ano. Em outubro, a estimativa era de uma alta de 16,9% em 2015.