Imagens da aduana na Ponte da Amizade mostram dois adolescentes sendo parados por servidores da Receita Federal. Eles carregam sacolas com celulares e eletrônicos.
Em outro flagrante, pessoas em um carro são fiscalizadas. Entre elas, uma adolescente de 15 anos que tentava cruzar a fronteira com um saco cheio de eletrônicos, sem os pais e sem documentação autorizando a viagem desacompanhada.
A cena se repete na fronteira do Brasil com o Paraguai, onde quadrilhas vêm aliciando menores para atravessar a ponte da amizade com produtos ilegais. A estratégia criminosa se aproveita da vulnerabilidade de pessoas de famílias carentes de Foz do Iguaçu.
Desde o início do ano, 38 casos de exploração infantil foram registrados pela Receita Federal. Mas esse número, segundo o órgão, pode ser maior, por causa da limitação na fiscalização devido à falta de servidores.
A equipe do Jornal da Band flagrou uma adolescente paraguaia em uma van tentando entrar no Brasil com grande quantidade de roupas.
Ela disse que a mercadoria seria transportada para a capital paulista. Boa parte dos produtos que cruzam ilegalmente a fronteira tem como destino o comércio popular, em São Paulo.
Quando os adolescentes são identificados, os produtos acabam apreendidos, os pais são chamados e o conselho tutelar é acionado. Menores também estão sendo cooptados por traficantes. Dois foram apreendidos recentemente por transportar haxixe.
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