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18/04/2025 às 16:00, Atualizado em 18/04/2025 às 13:37

Quadrilhas exploram menores na fronteira com o Paraguai

Desde o início do ano, 38 casos de exploração infantil foram registrados pela Receita Federal.

Imagens da aduana na Ponte da Amizade mostram dois adolescentes sendo parados por servidores da Receita Federal. Eles carregam sacolas com celulares e eletrônicos.

Em outro flagrante, pessoas em um carro são fiscalizadas. Entre elas, uma adolescente de 15 anos que tentava cruzar a fronteira com um saco cheio de eletrônicos, sem os pais e sem documentação autorizando a viagem desacompanhada.

A cena se repete na fronteira do Brasil com o Paraguai, onde quadrilhas vêm aliciando menores para atravessar a ponte da amizade com produtos ilegais. A estratégia criminosa se aproveita da vulnerabilidade de pessoas de famílias carentes de Foz do Iguaçu.

Desde o início do ano, 38 casos de exploração infantil foram registrados pela Receita Federal. Mas esse número, segundo o órgão, pode ser maior, por causa da limitação na fiscalização devido à falta de servidores.

A equipe do Jornal da Band flagrou uma adolescente paraguaia em uma van tentando entrar no Brasil com grande quantidade de roupas.

Ela disse que a mercadoria seria transportada para a capital paulista. Boa parte dos produtos que cruzam ilegalmente a fronteira tem como destino o comércio popular, em São Paulo.

Quando os adolescentes são identificados, os produtos acabam apreendidos, os pais são chamados e o conselho tutelar é acionado. Menores também estão sendo cooptados por traficantes. Dois foram apreendidos recentemente por transportar haxixe.

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