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23/07/2019 às 08:00, Atualizado em 22/07/2019 às 22:23

NOVA ANDRADINA: Maria da Penha vai à Escola: Palestra debate a Lei e orienta alunos da rede Estadual

De 1° de janeiro a 20 de julho de 2019 foram registrados 238 boletins de ocorrência, com denúncias de mulheres vítimas de agressões.

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Divulgação

Alunos do 3º ano da Escola Fátima Gaiotto Sampaio, participaram de uma palestra sobre o combate à violência contra a mulher na manhã desta segunda-feira (22).

A ação faz parte do projeto “Maria da Penha vai à Escola”, que está ligado ao Agosto Lilás, por meio de parceria entre a Secretaria Executiva de Políticas para Mulher e Secretaria de Estado de Educação, SED /Coordenadoria Regional de Educação de Nova Andradina.

Na palestra, os estudantes receberam orientações sobre como funciona a lei e formas de prevenção e combate à violência doméstica. O prefeito Gilberto Garcia frisou o compromisso da gestão em desenvolver atividades educativas na formação de cidadãos responsáveis.

“Ações dessa natureza são de suma importância para erradicar a violência. As pessoas precisam entender que não é normal certas atitudes e comportamentos. A educação é a chave e nós estamos investindo na formação de nossas crianças e adolescentes”, afirmou.

Ao ministrarem a palestra, a psicóloga Sonia Rodrigues e a técnica Andréa Servignani, profissionais da equipe municipal da Secretaria da Mulher, abordaram o tema de forma dinâmica e instrutiva, o que ganhou a atenção do público presente.

Nas palavras da psicóloga, é na infância que se dá a formação de valores e de caráter, por isso é fundamental o trabalho nas escolas, para que as crianças se tornem cidadãos conscientes, sem preconceitos, que respeitam e valorizam a mulher. “O machismo e a violência são graves problemas que só podem ser extintos através da educação. Ao vermos que em Nova Andradina, tanto as escolas como a comunidade civil estão recebendo nossa equipe de braços abertos é estimulador, pois sabemos que fará muita diferença no futuro”, reiterou Sonia Rodrigues.

Segundo dados da Delegacia de Atendimento à Mulher, de 1 de janeiro a 20 de julho de 2019, foram registrados aproximadamente 238 boletins de ocorrência, com denúncias de mulheres vítimas de agressões físicas, morais, patrimoniais, psicológicas e sexuais, os quais enquadram o agressor na Lei Maria da Penha.

Apesar dos números serem considerados elevados, apenas um caso de feminicídio foi registrado no município desde da criação da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, o que identifica o papel da rede de atendimento eficaz na proteção das mulheres diante de seus agressores e, principalmente, reitera a importância de se denunciar casos de abuso e violência contra a mulher.

A estudante I.O, assistiu a palestra e destacou a importância de ajudar e não julgar as mulheres que sofrem violência doméstica.

“Elas se sentem inferiores aos seus agressores, são menosprezadas e submissas, por isso tantas vezes se calam. Tem um ditado popular que as pessoas costumam dizer que “Briga de marido e mulher não se mete a colher”, mas devemos sim denunciar o caso da vizinha que sofre agressão, apoiar e ajudar para evitar que as coisas se agravem”, disse.

A Secretária Executiva interina da pasta, Julliana Caetano Ortega, apontou este dia de hoje como um grande passo na luta contra a violência.

“Vamos levar esse assunto à tona com frequência, multiplicar as informações que possuímos, ajudar o máximo de pessoas possíveis, para que o cenário mude e a mulher possa se sentir segura e confortável em qualquer lugar”, finaliza a secretária.

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