Publicado em 10/10/2020 às 17:00, Atualizado em 10/10/2020 às 14:16
Segundo Daniel Balaban, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), será preciso 'união' para evitar que país volte ao Mapa da Fome, quando mais de 5% da população enfrenta insegurança alimentar grave.
Segundo Daniel Balaban, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), será preciso 'união' para evitar que país volte ao Mapa da Fome, quando mais de 5% da população enfrenta insegurança alimentar grave
Foto: Getty Images / BBC News Brasil
Madrugador assumido, o economista Daniel Balaban já estava acordado quando recebeu a notícia de que a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) da qual é o representante para o Brasil, o Programa Mundial de Alimentos (PMA), havia ganhado o Nobel da Paz.
O prêmio foi anunciado na sexta-feira (09/10) na Noruega, pelo Comitê Nobel, em razão dos esforços da agência "para combater a fome, por sua contribuição para melhorar as condições de paz em áreas afetadas por conflitos e por atuar como uma força motriz em esforços para prevenir o uso da fome como arma de guerra e conflito".
Em entrevista à BBC News Brasil por telefone, Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome e representante do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) no Brasil, afirma que a "luz amarela para fome no Brasil foi acesa" devido "à regressão das políticas sociais" e que será preciso agir rápido para evitar que o país volte ao Mapa da Fome, quando mais de 5% da população enfrenta insegurança alimentar grave.
"Dá para reverter esse quadro se houver união nacional. A própria população brasileira solicitando e fazendo pressão em cima dos entes públicos. E o Nobel foi muito importante para isso, pois lança luz sobre um problema que afeta o mundo e estava um pouco esquecido", diz.