Publicado em 05/01/2023 às 15:30, Atualizado em 05/01/2023 às 16:24

Casagrande justifica ausência no velório de Pelé: 'Recaídas emocionais'

Ex-jogador explicou os motivos que o fizeram não comparecer à cerimônia de despedida do Rei do Futebol

Redação,
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Casagrande durante uma entrevista (Foto: Reprodução/TV Cultura)

O ex-jogador Walter Casagrande Jr. explicou, em entrevista ao site "SportBuzz", os motivos que o impediram de comparecer ao velório de Pelé - cerimônia que durou 24 horas no gramado da Vila Belmiro, estádio do Santos, entre os dias 2 e 3 de janeiro. O comentarista afirmou que a sua ausência se deu por um tipo de autocuidado que tem para evitar fortes situações que o levam a ter recaídas emocionais.

Casão falou que também não compareceu ao velório dos pais e de amigos, como Sócrates - seu grande companheiro de Corinthians.

"Para mim foi muito chocante, apesar de saber que podia acontecer (a morte de Pelé, que estava internado desde 29 de novembro) por conta das notícias. Foi muito impactante. Todo mundo sabe que sou dependente químico, fiquei internado por um ano. Estou muito bem, não bebo, não fumo, estou distante das drogas, mas eu tenho umas regras que tenho que colaborar para que eu me mantenha (bem)", ressaltou Casagrande.

O ex-jogador afirma que não corre risco de retornar ao uso de drogas, mas que estes momentos de grandes impactos emocionais podem ser gatilhos para outras situações.

"Eu não corro risco de recaídas para drogas, mas corro riscos de recaídas emocionais. No tratamento que tenho hoje, uso antidepressivo, ansiolítico, antipsicótico e estabilizador de humor. Tudo isso para que eu não tenha queda emocional. Eu fiquei muito tempo congelado por conta das drogas e, quando eu voltei limpo e comecei a ver a vida como ela é, as emoções passaram a bater muito fortes", explicou Casagrande.

"E eu não fui ao velório do Pelé exatamente por isso. Eu não vi o meu pai no caixão, que morreu em 2020, não vi a minha mãe, não vi o Sócrates. A última pessoa (que vi em velório) foi o Marcelo Fromer lá em 2001, mas também não vi muito. Com a morte de Gal (Costa) eu chorei muito, com o Jô (Soares), Rolando Boldrin e Isabel. E aí veio o Pelé. Não é uma justificativa (a ausência no funeral), é uma realidade dos fatos. E eu cuido disso exatamente para não ter queda emocional", completou.

As ausências no velório de Pelé, foram assunto na imprensa esportiva nos últimos dias, em destaque as dos campeões mundiais pela Seleção Brasileira. Apenas dois atletas campeões da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira (Clodoaldo, campeão em 1970, e Mauro Silva, campeão em 1994) compareceram na cerimônia do Rei do Futebol.

Fonte - Lance