Publicado em 08/08/2019 às 14:31, Atualizado em 08/08/2019 às 13:18

Aposentadorias e migração virtual fecham agências do trabalho em MS

Quadro de 73 servidores federais vai reduzir ainda mais e expectativa é que até 2020 emissão de carteira física seja extinta.

Redação,
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Agência de Nova Andradina continua no atendimento.Foto - Marcos Donzeli

Com a terceira agência prestes a fechar em Três Lagoas neste ano, a SRTE-MS (Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul) prepara-se para migrar os serviços para plataformas online.

Corte no orçamento, servidores se aposentando e falta de perspectiva de concurso marcam o processo de transição até o fim da carteira de trabalho física, prevista para janeiro de 2020.

Ligada Ministério de Trabalho e Emprego, extinto no início do ano pelo presidente Jair Bolsonaro, a superintendência agora é submetida ao Ministério da Economia.

Conforme o superintendente regional, Kleber Pereira de Araújo e Silva, como não há previsão para abertura de concurso, a instituição precisou fechar agências no interior do Estado em que servidores se aposentaram, caso dos municípios de Aquidauana e Paranaíba.

A previsão é que em Três Lagoas a sucursal, cuja principal função é a emissão das carteiras de trabalho, funcione até o início de setembro. Neste caso, a prefeitura deve assumir o serviço. Segundo o superintendente, serviços como solicitação e pagamento de seguro-desemprego são feitos em alguns municípios por convênio com o governo do Estado.

Atualmente, 73 servidores federais, entre administrativos e auditores, atuam na área do trabalho no Estado. Deste total 20 já cumprem os requisitos necessários para se aposentar.

Com os fechamentos e a redução no quadro de servidores, apenas seis municípios do interior vão continuar os atendimentos: Nova Andradina, Naviraí, Ponta Porã, Corumbá e Dourados, onde funciona uma gerência regional, e Campo Grande, onde fica a sede da superintendência.

A reestruturação também é consequência dos cortes no orçamento do órgão. A média de repasses anual era de R$ 3 milhões e em 2019 o orçamento previsto foi de cerca de R$ 2,2 milhões, portanto um terço menor.

Carteira virtual - A principal função das agências do interior é facilitar a emissão das carteiras de trabalho. No ano passado, foram emitidas no Estado 9.369 documentos. No primeiros quatro meses de 2019, foram impressas 2.870 carteiras.