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30/04/2022 às 11:36, Atualizado em 30/04/2022 às 10:54

Servidores do Banco Central aprovam volta da greve a partir de 3 de maio

Aprovação foi feita em assembleia nesta sexta-feira; retomada da greve por tempo indeterminado é a partir da próxima terça

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Divulgação

Insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial de 5% e sem avanço nas negociações, os servidores do Banco Central aprovaram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (29), a retomada da greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça, dia 3 de maio.

A decisão contou com o apoio de "ampla maioria" dos funcionários que participaram da assembleia deliberativa, segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central). O BC comunicou que não irá se pronunciar sobre a resolução.

A greve dos servidores da autoridade monetária estava suspensa desde o dia 19 de abril, quando os funcionários resolveram dar um "voto de confiança" a Roberto Campos Neto, presidente do BC, na busca "por uma proposta ainda melhor para os analistas e técnicos".

Desde então, eles vinham atuando em operação-padrão e fazendo paralisações diárias, das 14h às 18h.

De acordo com o Sinal, Campos Neto afirmou aos representantes sindicais, em uma reunião no dia 18, que o reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público é consenso entre os ministros e chancelado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Também segundo o sindicato, em encontro na quarta-feira (27), a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, confirmou que "há grandes chances de a proposta ser oficializada" e disse que o BC atuará caso outra carreira congênere receba proposta superior.

Como antecipou a Folha, em 13 de abril, Bolsonaro decidiu conceder um reajuste de 5% para todas as carreiras –inclusive militares das Forças Armadas, além de integrantes do Judiciário e do Legislativo– a partir de 1º de julho.

Nesta sexta, o presidente disse em entrevista à rádio Metrópole FM, de Cuiabá (MT), que a proposta de reajustar em 5% o salário de servidores federais "desagrada a todo mundo", mas tentou se afastar das críticas de categorias, pedindo compreensão.

O custo da medida é estimado em R$ 7,9 bilhões em 2022, enquanto o Orçamento só tem reservado o valor de R$ 1,7 bilhão para reajustes ou reestruturações de carreiras de servidores neste ano. O descontentamento dos funcionários públicos cresceu após Bolsonaro ter acenado com aumento apenas aos policiais federais, categoria que compõe sua base de apoio.

Também de acordo com o sindicato, Campos Neto se comprometeu a conseguir uma reunião entre membros das três entidades dos servidores do BC e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), o que não aconteceu até o momento.A categoria havia demonstrado insatisfação com a proposta discutida pelo governo, apesar da suspensão temporária da greve no dia 19.

"Nós declaramos que 5% são insuficientes, apresentamos uma contraproposta abrindo mão de que o reajuste de 27% seja no primeiro semestre de 2022, permitindo que a Medida Provisória tenha validade apenas a partir de 1º de julho", afirmou Fábio Faiad, presidente do Sinal. "Além disso, cobramos novamente o atendimento integral à nossa pauta não salarial."

Sem reajuste nos últimos três anos, os servidores do BC pedem recomposição salarial de 27% e reestruturação de carreira de analistas e técnicos. No BC, analistas recebem um salário bruto mensal aproximado de R$ 19 mil a R$ 27 mil, enquanto a remuneração de técnicos varia em torno de R$ 7.500 a R$ 12,5 mil.

Quanto à pauta não salarial, os funcionários pedem a mudança da nomenclatura de analista para auditor, por exemplo, e a exigência de nível superior para ingresso dos técnicos do BC.

A mobilização dos servidores, que se intensificou a partir de 1º de abril, causou uma série de atrasos nas atividades rotineiras da autoridade monetária, mas parte foi restabelecida ao longo das últimas duas semanas, durante a pausa da greve.

O BC divulgou alguns relatórios, notas e indicadores pendentes, como a pesquisa Focus, o relatório de poupança e outros, mas algumas pendências continuam devido ao volume acumulado.

As notas econômico-financeiras (setor externo e crédito) referentes ao mês de fevereiro, por exemplo, foram divulgadas nesta semana, com defasagem de cerca de um mês. A publicação dos dados relativos a março ainda não tem data prevista para acontecer.

Nesta sexta, o presidente disse em entrevista à rádio Metrópole FM, de Cuiabá (MT), que a proposta de reajustar em 5% o salário de servidores federais "desagrada a todo mundo", mas tentou se afastar das críticas de categorias, pedindo compreensão.

O custo da medida é estimado em R$ 7,9 bilhões em 2022, enquanto o Orçamento só tem reservado o valor de R$ 1,7 bilhão para reajustes ou reestruturações de carreiras de servidores neste ano.

O descontentamento dos funcionários públicos cresceu após Bolsonaro ter acenado com aumento apenas aos policiais federais, categoria que compõe sua base de apoio. Também de acordo com o sindicato, Campos Neto se comprometeu a conseguir uma reunião entre membros das três entidades dos servidores do BC e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), o que não aconteceu até o momento.

A categoria havia demonstrado insatisfação com a proposta discutida pelo governo, apesar da suspensão temporária da greve no dia 19. "Nós declaramos que 5% são insuficientes, apresentamos uma contraproposta abrindo mão de que o reajuste de 27% seja no primeiro semestre de 2022, permitindo que a Medida Provisória tenha validade apenas a partir de 1º de julho", afirmou Fábio Faiad, presidente do Sinal. "Além disso, cobramos novamente o atendimento integral à nossa pauta não salarial."

Sem reajuste nos últimos três anos, os servidores do BC pedem recomposição salarial de 27% e reestruturação de carreira de analistas e técnicos. No BC, analistas recebem um salário bruto mensal aproximado de R$ 19 mil a R$ 27 mil, enquanto a remuneração de técnicos varia em torno de R$ 7.500 a R$ 12,5 mil.

Quanto à pauta não salarial, os funcionários pedem a mudança da nomenclatura de analista para auditor, por exemplo, e a exigência de nível superior para ingresso dos técnicos do BC.

A mobilização dos servidores, que se intensificou a partir de 1º de abril, causou uma série de atrasos nas atividades rotineiras da autoridade monetária, mas parte foi restabelecida ao longo das últimas duas semanas, durante a pausa da greve.

O BC divulgou alguns relatórios, notas e indicadores pendentes, como a pesquisa Focus, o relatório de poupança e outros, mas algumas pendências continuam devido ao volume acumulado.

As notas econômico-financeiras (setor externo e crédito) referentes ao mês de fevereiro, por exemplo, foram divulgadas nesta semana, com defasagem de cerca de um mês. A publicação dos dados relativos a março ainda não tem data prevista para acontecer.Nesta sexta, o presidente disse em entrevista à rádio Metrópole FM, de Cuiabá (MT), que a proposta de reajustar em 5% o salário de servidores federais "desagrada a todo mundo", mas tentou se afastar das críticas de categorias, pedindo compreensão.

O custo da medida é estimado em R$ 7,9 bilhões em 2022, enquanto o Orçamento só tem reservado o valor de R$ 1,7 bilhão para reajustes ou reestruturações de carreiras de servidores neste ano.

O descontentamento dos funcionários públicos cresceu após Bolsonaro ter acenado com aumento apenas aos policiais federais, categoria que compõe sua base de apoio.

Também de acordo com o sindicato, Campos Neto se comprometeu a conseguir uma reunião entre membros das três entidades dos servidores do BC e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), o que não aconteceu até o momento.

A categoria havia demonstrado insatisfação com a proposta discutida pelo governo, apesar da suspensão temporária da greve no dia 19.

"Nós declaramos que 5% são insuficientes, apresentamos uma contraproposta abrindo mão de que o reajuste de 27% seja no primeiro semestre de 2022, permitindo que a Medida Provisória tenha validade apenas a partir de 1º de julho", afirmou Fábio Faiad, presidente do Sinal. "Além disso, cobramos novamente o atendimento integral à nossa pauta não salarial."

Sem reajuste nos últimos três anos, os servidores do BC pedem recomposição salarial de 27% e reestruturação de carreira de analistas e técnicos.

No BC, analistas recebem um salário bruto mensal aproximado de R$ 19 mil a R$ 27 mil, enquanto a remuneração de técnicos varia em torno de R$ 7.500 a R$ 12,5 mil.

Quanto à pauta não salarial, os funcionários pedem a mudança da nomenclatura de analista para auditor, por exemplo, e a exigência de nível superior para ingresso dos técnicos do BC.

A mobilização dos servidores, que se intensificou a partir de 1º de abril, causou uma série de atrasos nas atividades rotineiras da autoridade monetária, mas parte foi restabelecida ao longo das últimas duas semanas, durante a pausa da greve.

O BC divulgou alguns relatórios, notas e indicadores pendentes, como a pesquisa Focus, o relatório de poupança e outros, mas algumas pendências continuam devido ao volume acumulado.

As notas econômico-financeiras (setor externo e crédito) referentes ao mês de fevereiro, por exemplo, foram divulgadas nesta semana, com defasagem de cerca de um mês. A publicação dos dados relativos a março ainda não tem data prevista para acontecer.

Fonte - FolhaPress

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