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14/07/2018 às 17:00, Atualizado em 14/07/2018 às 17:03

Polícia prende casal suspeito de matar grávida para roubar bebê e recupera criança em favela no RJ

Eles foram encontrados após uma denúncia anônima.

O casal suspeito de matar uma grávida para roubar o bebê que ela gerava foi preso na madrugada deste sábado (14) em uma favela em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A vítima, Leilah do Santos, de 39 anos, foi encontrada morta em Paraibuna com um corte no abdômen às margens da represa no último dia 4.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Raian Brega Araújo, após a verificação das imagens do cartório, em que a suspeita tenta registrar um bebê, os policiais receberam uma denúncia anônima informando a localização deles.

O delegado avisou a polícia do Rio de Janeiro, que foi até a casa da suspeita e conseguiu localizar os suspeitos e o bebê. O casal é de São José dos Campos, mas estava escondido no Rio de Janeiro após o caso ganhar repercussão.

Eles foram levados para a delegacia e até a manhã deste sábado aguardava a chegada dos policiais de Paraibuna. A polícia não informou se eles serão ouvidos no Rio de Janeiro ou se devem ser transferidos para o interior de São Paulo. O destino do bebê ainda será definido.

Caso

A vítima, que era andarilha, foi encontrada morta com um corte no abdômen às margens da represa no dia 4 de julho. Do lado do corpo foi achado resquício de placenta, o que levantou a suspeita que ela a mulher morta estava grávida. O bebê não foi achado.

No mesmo dia, um casal tentou registrar um bebê no cartório, mas levantou suspeita por não ter documentação. À polícia, os funcionários do cartório contaram que a mulher disse que era moradora da zona rural e que a criança tinha nascido na roça, sem atendimento médico e que, e por isso, não tinha os documentos que comprovavam a maternidade

Apesar da insistência dela em registrar o bebê, a equipe do cartório orientou que ela fosse antes ao posto médico com o bebê para obter uma certidão de nascido vivo. A suspeita, 34 anos, foi ao local com o bebê, mas saiu sem o documento depois de se recusar a passar por exames ginecológicos. Esses exames poderiam comprovar o parto recente.

Com o vídeo do cartório, a polícia fez a identificação dos suspeitos. Um casal de amigos da suspeita, que aparecem nas imagens com ela, foram ouvidos na última terça-feira (10).

Eles disseram que ela contou que o bebê era adotado e que a mãe da criança tinha feito um acordo com ela, sobre a entrega da criança. A suspeita tem, segundo a polícia, um histórico de tentativas frustradas de gestação e, no último ano, havia tido uma gravidez psicológica.

O casal ainda contou à Polícia Civil que o namorado da mulher teria contado uma outra versão para o surgimento do recém nascido - que tinha feito o parto da grávida, o que levantou a suspeita de que ele também estivesse envolvido na morte de Leilah Santos.

Para a polícia, a suspeita é de que, após o parto, eles tenham matado a vítima e tentado ocultar o cadáver, que foi queimado e abandonado em uma área rural.

Outras testemunhas contaram ainda que Leilah era mantida financeiramente pela suspeita e que havia um acordo de pagamento de um adicional R$ 500 pela entrega do bebê. Apesar de ter um namorado, suspeito de ser o comparsa no roubo do bebê, a suspeita é casada com um homem na Itália. Uma das suspeitas da polícia é que ela tentaria deixar o país com a criança.

Fonte - G 1

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