Publicado em 17/04/2018 às 13:00, Atualizado em 17/04/2018 às 14:57

MST invade fazenda de Maroni e sede Globo na Bahia

Maroni distribuiu 9 mil cervejas na prisão de Lula.

Redação,
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Foto: Divulgação MST

Cerca de 300 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram, na manhã dessa terça-feira (17), a fazenda do empresário Oscar Maroni, em Araçatuba. Conhecido como o Magnata do Sexo, Maroni distribuiu cervejas no dia em que Lula foi preso. Em outra ação, desta vez na Bahia, membros do Movimento invadiram a seda da Rede Bahia, afiliada da Globo em Salvador.

Segundo informações da página oficial do movimento, a propriedade de Maroni tem cerca de 1700 hectares e já esteve envolvida em processos trabalhistas que a puseram a leilão em 2016. Não é a primeira vez que a propriedade é alvo do MST.

O movimento solicita que o local seja destinado à reforma agrária. “O MST exige que a área seja destinada para a Reforma Agrária e, posteriormente, para a construção de um assentamento onde as famílias possam morar e produzir alimentos agroecológicos, trabalhando sob relações de gênero igualitárias”, diz o comunicado no site do MST.

No caso da Bahia a ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, onde os militantes questionam o papel da emissora na prisão do ex-presidente Lula.

Série de invasões

Ainda em sua página oficial, o MST informa que a ação desta terça-feira (17) faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, "que além de rememorar os 22 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás, também denuncia a paralisação da Reforma Agrária, a arbitrariedade da prisão de Lula e a agilidade nas investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes”.

Prisão de Lula

Usando uma fantasia de “irmão metralha”, o empresário Oscar Maroni distribuiu cerca de 9.000 cervejas a cerca de 3.000 pessoas no dia 06 de abril, em frente ao seu hotel, o Bahamas Hotel Club, na zona sul de São Paulo. A ação cumpre uma promessa que o empresário fez, por meio das redes sociais, em dezembro de 2016.

No local, foi estendido acima do palco uma espécie de "altar" com imagens do juiz Sérgio Moro e da ministra do STF (Superior Tribunal Federal) Cármen Lúcia.