Publicado em 14/03/2018 às 11:07, Atualizado em 13/03/2018 às 21:09

Morre o ex-jogador de vôlei Bebeto de Freitas, aos 68 anos

Segundo o Atlético-MG, Bebeto recebeu atendimento médico no local, mas não resistiu. O clube decretou luto oficial de três dias.

Redação,

O ex-jogador de vôlei, ex-técnico da seleção brasileira e dirigente Bebeto de Freitas morreu nesta terça-feira (13), aos 68 anos, em Belo Horizonte (MG).

Ele sofreu uma parada cardíaca pouco depois de participar de um evento na Cidade do Galo, centro de treinamento do Atlético-MG. Bebeto trabalhava no clube como diretor de administração e controle.

Segundo o Atlético-MG, Bebeto recebeu atendimento médico no local, mas não resistiu. O clube decretou luto oficial de três dias.

“Sempre gostei de gente de bem e honesta ao meu lado. Por isso gostava de estar perto de você. Encontramos mais tarde, Bebeto”, escreveu Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG.

O técnico brasileiro Bebeto de Freitas, da seleção da Itália de vôlei masculino, considerado o melhor no Campeonato Mundial, no Japão. À direita, o meio-de-rede Gardini Reuters

Bebeto de Freitas foi o responsável por comandar uma revolução no vôlei brasileiro. Foi com ele que o país despontou no esporte. Sob o seu comando, a seleção masculina passou a se tornar protagonista, com o vice-campeonato mundial em 1982.

Dois anos depois, conseguiu feito ainda mais importante: comandou o time na conquista da medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles-1984, numa equipe em que brilharam William, Montanaro, Renan e Bernard, entre outros.

Sobrinho do jornalista João Saldanha, Bebeto tinha temperamento forte e não foram poucas as vezes em que entrou em confronto com dirigentes importantes do esporte brasileiro.

Entre eles Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e do COB (Comitê Olímpico do Brasil).

Ele teve sucesso no vôlei italiano, comandando o Maxicono Parma, cinco vezes campeão italiano. Ele treinou a seleção italiana em 1997. No ano seguinte, venceu o Mundial.

FUTEBOL

Não foi somente no vôlei que Bebeto atuou. Ele também trabalhou como dirigente no futebol. Foi manager no Atlético-MG em 1999, durante a gestão do presidente Nelio Brandt.

Entre 2003 e 2008, foi também presidente do Botafogo, seu time de coração. Em nota, a equipe disse que Bebeto teve papel fundamental na reconstrução do clube.

"Sempre foi um botafoguense apaixonado, além de defensor do esporte brasileiro. Toda solidariedade do Botafogo a familiares e amigos neste momento difícil", declarou o clube.

Fonte - Folhapress