Publicado em 14/11/2020 às 11:02, Atualizado em 14/11/2020 às 00:42

Ministério da Saúde diz que há indícios de que pasta foi alvo de hackers

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Redação,

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse nesta sexta-feira, dia 13 de novembro, que há "indícios" de que a pasta tenha sido alvo de ataques cibernéticos.

Na semana passada, o ministério informou apenas que um vírus foi localizado na quinta-feira (5) na rede de computadores do órgão. Na sexta, a pasta admitiu apenas um "incidente", sem dar detalhes do problema que afetou por dias a atualização dos dados de casos e mortes por Covid-19.

Mais cedo, também nesta sexta, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, tratou do tema, mas não falou em indícios. Ele disse a congressistas que houve um ataque de um hacker ao sistema do Ministério da Saúde, afetando também a agência. Isso, segundo ele, impediu a chegada de um aviso, do Instituto Butantan, do episódio da morte de um voluntário dos testes da vacina CoronaVac.

Ministério diz que não há laudo

Em um pronunciamento de pouco mais de 3 minutos, sem a possibilidade de que repórteres fizessem perguntas, o secretário-executivo do Ministério da Saúde afirmou que os indícios surgiram nas investigações sobre a origem do vírus.

"Há indícios de que a pasta também foi alvo de tentativas de ataques cibernéticos, embora ainda não haja laudo conclusivo. O ministério teve a precaução de não divulgar informações a esse respeito até então para preservar provas e garantir segurança de dados" - Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde

"Ainda é possível que haja intermitência. (...) Todos os sistemas estão sendo restabelecidos, com previsão de retorno à normalidade a partir de segunda, 16 de novembro", disse Elcio, que negou, entretanto, que tenha ocorrido sequestro ou vazamento de informações.

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"Não houve comprometimento, sequestro ou vazamento de informações. Esclarecemos que a dificuldade de acesso às redes nos últimos dias enfrentada por alguns estados e a inviabilidade de coletivas de imprensa semanal se deu em razão do bloqueio da base de dados que foi realizada para preservar as informações do ministério", disse o secretário-executivo.

Fonte G 1