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26/02/2021 às 06:37, Atualizado em 26/02/2021 às 10:38

Ministério assina acordo para comprar 20 milhões de doses da Covaxin

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira, dia 25 de fevereiro, ter assinado acordo para compra de 20 milhões de doses da Covaxin, produzida na Índia pela farmacêutica Bharat Biotech. O investimento foi de R$ 1,614 bilhão, de acordo com o ministério.

"As primeiras 8 milhões de doses do imunizante devem começar a chegar já no mês de março, em dois lotes de 4 milhões a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato", informou o ministério da Saúde.

O ministério afirmou que espera receber outras 8 milhões de doses no prazo de 45 e 60 dias após oficialização da compra. Em maio, é esperado o último lote de doses, com 4 milhões de unidades.

O fornecimento das doses será intermediado pela empresa brasileira Precisa Medicamentos. A Covaxin é alvo da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que chegou a enviar uma delegação à Índia para negociar a possível compra de doses para venda por clínicas privadas.

Sem aval da Anvisa

A Covaxin ainda não teve seu uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Portanto, a vacina só poderá ser aplicada na população depois do sinal verde da agência. Até o momento, a Anvisa já concedeu o registro da Pfizer, que ainda não tem acordo com o Brasil, e liberou o uso emergencial da Coronavac (Butantan/Sinovac) e da Covishield (Oxford/AstraZeneca).

A compra da vacina indiana ocorre após a Anvisa retirar a exigência de estudos de fase 3 conduzidos no Brasil para aprovação de uso emergencial das vacinas contra a Covid-19. Nos casos em que isso ocorrer, a empresa diz que o prazo de análise do pedido será de até 30 dias.

Sem testes de fase 3 publicados

A Covaxin ainda não teve resultados dos testes de fase 3 divulgados pela empresa ou publicados em revista científica. De acordo com a agência Reuters, os resultados de um teste com 25.800 participantes da Índia serão divulgados em março.

No entanto, a agência reguladora de medicamentos do país considera a vacina segura e eficaz, apesar de críticas de médicos e especialistas de saúde.

Fonte - G 1

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