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23/08/2022 às 13:06, Atualizado em 23/08/2022 às 17:08

Luciano Hang diz que foi tratado como bandido após operação da PF

A operação da PF aconteceu de manhã

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Foto - Rafaela Felicciano

Alvo de operação da Polícia Federal (PF), o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, afirmou nesta terça-feira (23) que foi “tratado como bandido”, mas disse estar com a consciência limpa. As informações são do Metrópoles.

 O caso foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. A ação é realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

“Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa”, afirmou Hang, em nota à imprensa.

“Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros”, prosseguiu ele.

O empresário contou que trabalhava na empresa, às 6h, quando a PF o abordou e recolheu seu telefone celular.

“Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião”, afirmou.

“Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum, falei sobre golpe ou sobre STF. Eu fui vítima da irresponsabilidade de um jornalismo raso, leviano e militante, que infelizmente está em parte das redações pelo Brasil”, concluiu.

A reportagem do Metrópoles tentou contato com a defesa de todos os empresários citados.

Como mostrou a coluna de Guilherme Amado, a defesa explícita de um golpe, por parte de alguns empresários, aconteceu no grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado. As trocas de mensagens foram acompanhadas pela coluna ao longo de meses.

Praticamente todos os integrantes do grupo fizeram ataques sistemáticos ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham a Jair Bolsonaro.

Os empresários bolsonaristas também legitimaram a disseminação de desinformação como uma arma de disputa política. Eles compartilharam fake news sobre o indigenista e o servidor público Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, as vacinas e também contra as urnas eletrônicas. Também houve discursos de homofobia, preconceito contra quem trabalha com pessoas em situação de rua e ódio a jornalistas e a veículos de imprensa.

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