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25/04/2017 às 07:24, Atualizado em 25/04/2017 às 11:28

Funcionários do JBS voltam ao trabalho após férias coletivas

Seis de 10 unidades da empresa voltaram a funcionar nesta segunda-feira (24), após 20 dias de férias. Funcionários de outras 4 unidades devem retornar ao trabalho no dia 2 de maio.

Funcionários de seis das 36 unidades do JBS, que receberam férias coletivas de 20 dias, voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (24), em Nova Andradina (MS), Alta Floresta (MT), Juína (MT), Pedra Preta (MT), Senador Canedo (GO) e Alta Floresta (MT). O frigorífico emprega hoje 125 mil trabalhadores em todo o país.

Os funcionários de outras quatro unidades, das 10 que estão em férias coletiva, voltam ao trabalho no dia 2 de maio, em Anastácio (MS), Naviraí (MS), Diamantino (MT) e Lins (SP), após realização de reformas, ajustes operacionais e modernização de equipamentos.

Na época do anúncio das férias, a empresa afirmou que a medida era necessária para ajustar os volumes de produção, normalizar os estoques de produtos que abastecem o mercado interno e reescalonar os envios de mercadorias para o exterior, para não sobrecarregar o sistema de recebimento e estocagem.

No ano passado, 40% da receita da JBS Mercosul, unidade do grupo que produz carne bovina, veio de exportações, o equivalente a R$ 11,5 bilhões.

Operação Carne Fraca

A suspensão e consequente redução da produção se deve por conta da redução na exportação de carne brasileira, que despencou depois da operação Carne Fraca. A ação da Polícia Federal (PF) apontou irregularidades em 21 frigoríficos brasileiros. Eles são suspeitos de pagar propina a fiscais sanitários do Ministério da Agricultura e a vender carne de má qualidade.

A JBS é dona de marcas como Friboi, Seara e Swift. O grupo afirma que não compactua com desvios de conduta de seus funcionários e tomará todas as medidas cabíveis.

Após o escândalo, alguns países anunciaram restrições à importação de carnes brasileiras. Alguns dos maiores compradores, como China e Hong Kong chegaram a suspender totalmente a entrada de carne brasileira. Um mês depois da operação, a lista de países com restrição total à importação de carne brasileira inclui 17 países, como Argélia, Angola e Bahamas, mas nenhum deles figura entre os maiores compradores.

Os grandes compradores, como China, União Europeia e Emirados Árabes Unidos, mantêm uma restrição apenas à carne dos 21 frigoríficos investigados pela Operação Carne Fraca. A retomada das importações pelos grandes compradores ajudou a manter a normalidade na balança comercial.

As exportações de carne brasileira fecharam o mês de março em alta na comparação com o ano anterior. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a exportação de carnes de frango, bovina e suína, juntas, somaram U$ 1,34 bilhão, o que representa uma alta de 9%.

Fonte - G1MS

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