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15/07/2018 às 07:02, Atualizado em 14/07/2018 às 17:15

Bolsonaro defende PM por massacre em Carajás

Presidenciável visita região no Pará onde 19 sem-terra foram mortos em 1996: 'Quem tinha que estar preso era o pessoal do MST'.

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O pré candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), faz campanha na cidade de Marabá (PA), na última quinta-feira (12).

Foto: ULISSES POMPEU/FUTURA PRESS / Futura Press

Em visita a Eldorado do Carajás, no sudoeste do Pará, o pré-candidato ao Planalto pelo PSL, Jair Bolsonaro, defendeu na sexta-feira (13) os policiais presos pela morte de 19 trabalhadores rurais sem-terra ocorrida em abril de 1996 na região.

Bolsonaro foi até a Curva do S, um trecho da BR-155, em Eldorado do Carajás, onde os sem-terra foram mortos - dez com tiros à queima-roupa - por policiais militares comandados pelo coronel Mário Pantoja, condenado a 228 anos de prisão.

"Quem tinha que estar preso era o pessoal do MST (Movimento dos Sem Terra), gente canalha e vagabunda. Os policiais reagiram para não morrer", disse Bolsonaro, em frente a troncos de castanheiras queimados que marcam o local do massacre. Um grupo de policiais que acompanhava o discurso aplaudiu.

A passagem de Bolsonaro pelo Pará foi marcada pela defesa de temas de interesses dos produtores. Na noite anterior, em jantar com um grupo de fazendeiros e policiais, em Marabá, Bolsonaro disse que, se eleito presidente, vai tirar o Estado do "cangote" dos ruralistas, "segurar" as multas ambientais e aumentar a repressão a movimentos do campo.

"Não vai ter um canalha de fiscal metendo a caneta em vocês", afirmou o pré-candidato. "Direitos humanos é a pipoca, pô."

O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, discursou antes do presidenciável. "Bolsonaro, aqui o recado da classe produtora é direto: procuramos um presidente que não nos atrapalhe e não nos persiga", disse. "Quando o senhor se tornar presidente, vê o que fará com essa gente da Funai, do Ibama, do Ministério Público, que não respeita a propriedade privada", afirmou.

Fonte - Terra

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