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06/06/2025 às 11:07, Atualizado em 06/06/2025 às 08:24

Banco Central bloqueia contas de Carla Zambelli após ordem do STF

No ofício enviado ao STF, o BC declarou que a ordem foi repassada a todas as instituições financeiras do país.

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Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O Banco Central informou nesta quinta-feira (5) que já cumpriu a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para bloquear contas bancárias e ativos financeiros da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão foi tomada um dia após a expedição do mandado de prisão da parlamentar, que deixou o Brasil semanas depois de ser condenada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.

No ofício enviado ao STF, o BC declarou que a ordem foi repassada a todas as instituições financeiras do país. O bloqueio atinge não só contas bancárias, mas também transferências via Pix, cartões de crédito, aplicações financeiras, previdência privada, consórcios, ouro e criptomoedas.

A medida foi tomada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumenta que Zambelli saiu do Brasil para evitar o cumprimento da sentença. Na terça-feira (3), em entrevista a uma rádio paulista, ela disse que deixou o país para fazer um tratamento de saúde e que irá solicitar licença do mandato.

Segundo sua assessoria, Zambelli desembarcou nesta quinta-feira em Roma, na Itália, após uma passagem pelos Estados Unidos. A deputada, que possui dupla cidadania, afirmou que pretende permanecer no país europeu.

Em resposta à fuga, Moraes autorizou a abertura de um novo inquérito para investigar a parlamentar por coação no curso do processo e obstrução de investigação. O ministro também afirmou que ela busca adotar o “mesmo modus operandi” atribuído ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e é alvo de investigação por suspeita de incitar ações contra autoridades brasileiras.

Após a declaração de Zambelli sobre sua saída do Brasil, o advogado Daniel Bialski anunciou o desligamento da defesa. Com isso, Moraes determinou que a representação judicial da deputada passe a ser feita pela Defensoria Pública da União.

*Com informações de Agência Brasil

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