Publicado em 19/07/2020 às 06:30, Atualizado em 18/07/2020 às 16:32

Balões levam Furnas a mobilizar técnicos para evitar corte de energia

A empresa reitera o alerta de que a prática de soltar balões é criminosa e pode provocar o desligamento da linha de transmissão

Redação,
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Foto - Marcelo Casal Jr

Preocupada com os riscos de ter seus serviços interrompidos em tempos do novo coronavírus (covid-19), a hidrelétrica Furnas está mobilizando seus técnicos para minimizar os efeitos que eventuais incêndios causados por balões possam causar nas linhas de transmissão de energia.

Procurada pela Agência Brasil, Furnas informou que, só em 2020, já foram registradas “pelo menos 15 ocorrências de balões caindo sobre os cabos condutores de linhas de transmissão. Além disso, outro risco inerente aos balões refere-se às queimadas, especialmente nesse período que se aproxima, que é de estiagens em boa parte do Brasil”.

A empresa reitera o alerta de que a prática de soltar balões é criminosa e pode provocar o desligamento da linha de transmissão, ocasionando a interrupção do fornecimento da energia elétrica, “com prejuízos incalculáveis, já que podem afetar hospitais e outros serviços essenciais”, explicou, por meio de nota, o gerente de linhas de transmissão de Furnas, Ricardo Abdo.

Balões podem causar incêndios

“Em tempo de pandemia do covid-19, isso é ainda mais preocupante”, acrescentou o gerente, ao alertar que, além de riscos de incêndios, os balões podem resultar em queimaduras, colocando em risco a segurança de muitas pessoas.

Segundo Abdo, a empresa também sofre com prejuízos para realizações de reparos e manutenções, recursos que "poderiam ser destinados a novos investimentos".

“Os técnicos de Furnas são prontamente mobilizados para realizar as devidas manutenções quando um balão atinge os ativos da empresa. O tempo para recompor o sistema elétrico depende de uma série de fatores. Um deles é o acesso ao local da ocorrência, muitas vezes em regiões remotas e de difícil acesso; outro pode ser o horário (à noite), o que dificulta ainda mais o pronto atendimento”, complementa.

Fonte - Agência Brasil