A queda do avião que matou a cantora Marília Mendonça e outras 4 pessoas, aconteceu há um minuto e meio do pouso no Aeroporto de Caratinga, de acordo com as primeiras conclusões sobre o acidente aéreo.
De acordo com o jornal Estado de Minas, as informações foram repassadas pelo delegado da cidade, Ivan Lopes Sales, e pelo médico legista Thales Bittencourt, do Instituto Médico Legal de Belo Horizonte (MG).
As informações mostram que, aparentemente, não havia problemas mecânicos na aeronave que transportava a cantora.
“Falamos com um piloto que estava 20 minutos atrás da aeronave que levava a cantora. Esse piloto nos contou que conversou com o piloto do avião que se acidentou e que este não fez qualquer reclamação ou comentário que indicassem que havia algum problema”.
Segundo o delegado, o piloto contou que conversou com o comandante do avião que seguia com Marília Mendonça e que ele disse: “Estou na perna do vento da O2”. Isso indica que a aeronave estava em procedimento de pouso, cerca de 1 minuto e meio da pista.
Houve, também, a confirmação de que aconteceu um choque com a rede de transmissão da Cemig, porém, não há como afirmar que a falta de sinalização possa ter sido a causa do acidente.
“Está claro que houve o choque com a rede, no entanto, é certo que o piloto não tinha conhecimento da região nem da pista. O Crea está fazendo uma investigação sobre a situação das linhas de transmissão. Mas é certo que elas estavam fora da área de proteção do aeródromo. A Polícia Civil descarta essa hipótese”.
Causa da morte
O médico legista confirmou que, após finalizada a necropsia dos cinco corpos, em que foram realizados exames toxicológicos, patológicos (tecidos) e teor alcoólico, foram confirmadas as lesões traumáticas.
"Não foram encontrados teores, quaisquer, de álcool ou drogas nos corpos. Isso nos leva à conclusão de que as mortes ocorreram por politraumatismo contuso”.
Dessa forma, as mortes ocorreram em consequência do choque do avião com o solo.
“Foram traumatismos intensos, em consequência de uma alta energia, o choque ocorrido. As lesões, em todos os cinco corpos foram graves na cabeça, tórax e pernas”.
O legista descartou, também, a possibilidade de que as mortes tenham ocorrido no ar, por conta de uma desaceleração.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.