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26/12/2023 às 14:30, Atualizado em 26/12/2023 às 11:17

MS registra redução de 12,2% nos índices de mortes por HIV/aids

Para aprimorar os indicadores de saúde e combater o racismo, o Ministério da Saúde tornou obrigatório o preenchimento do campo raça/cor no Cartão Nacional de Saúde, a partir de 2023.

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Divulgação

Mato Grosso do Sul conquista notável na área de saúde pública nos últimos dez anos, conforme revelado pelo mais recente Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids do Ministério da Saúde. O estado registrou uma queda expressiva de 8,9% no coeficiente de mortalidade por aids, diminuindo de 5,6 para 5,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, foram registrados 179 óbitos relacionados ao HIV ou aids, representando uma redução de 12,2% em comparação com os 157 óbitos de 2012.

Campo Grande, a capital do estado, apresentou uma taxa de 7,9 mortes por 100 mil habitantes no ano passado, superando a média nacional. As estatísticas revelam um cenário encorajador para Mato Grosso do Sul, com o esforço contínuo na prevenção e tratamento do HIV/aids.

Em relação à detecção do HIV, o boletim destaca que, em 2022, foram notificados 713 casos no Mato Grosso do Sul, parte dos 43.403 casos registrados em todo o país. A taxa de gestantes infectadas pelo HIV em Campo Grande é de 4,5 casos por mil nascidos vivos. O diagnóstico precoce em gestantes é crucial para a implementação eficaz de medidas preventivas e a prevenção da transmissão vertical do vírus.

Cenário Nacional

A queda no coeficiente de mortalidade por aids foi identificada em nível nacional, passando de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes na última década. Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 óbitos por HIV/aids, representando uma redução de 8,5% em relação aos 12.019 óbitos de 2012. Apesar desse declínio, ainda ocorreram cerca de 30 mortes por aids por dia no país no ano passado.

O boletim ressalta a importância da análise da variável raça/cor, revelando que, em 2022, 61,7% dos óbitos no Brasil foram registrados entre pessoas negras (47% pardas e 14,7% pretas), enquanto 35,6% foram entre brancos. Esse dado destaca a necessidade de considerar os determinantes sociais na resposta à infecção e à doença, priorizando populações chave historicamente esquecidas pelas políticas públicas.

Para aprimorar os indicadores de saúde e combater o racismo, o Ministério da Saúde tornou obrigatório o preenchimento do campo raça/cor no Cartão Nacional de Saúde, a partir de 2023. Essa medida busca promover a igualdade racial e fortalecer políticas públicas focadas na redução das desigualdades.

Prevenção

O Ministério da Saúde destaca a importância da prevenção do HIV, incluindo o uso da PrEP, um método que envolve a ingestão de comprimidos antes da relação sexual para preparar o organismo contra o possível contato com o vírus. Em dezembro, mês de mobilização nacional de luta contra o HIV/aids, o Ministério lançou a campanha “Existem vários jeitos de amar e vários de se proteger do HIV” em diferentes meios de comunicação.

Em 2023, o Ministério da Saúde destinou R$ 27 milhões para a compra de quatro milhões de unidades de um teste rápido que detecta, simultaneamente, sífilis e HIV, fortalecendo o rastreio e agilizando o tratamento. Além disso, uma mudança significativa foi anunciada na quantidade diária de comprimidos para pessoas vivendo com o vírus, passando de dois para um, simplificando o tratamento e mantendo a carga viral controlada.

Com informações do Ministério da Saúde

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