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21/05/2017 às 10:00, Atualizado em 21/05/2017 às 11:41

Realizando pesquisas em MS, Ibope emitiu nota fria para JBS pagar propina para Puccinelli

Ex-governador nega as acusações feitas na delação dos irmãos Batista.

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Divulgação

A delação premiada do sócio do grupo JBS, Wesley Batista, à Procuradoria-Geral da República mostrou que o Instituto Ibope Inteligência Pesquisa e Consultoria emitiu notas frias para que o grupo JBS supostamente repasse propina para o ex-governador André Puccinelli. O instituto é conhecido por realizar pesquisas eleitorais em Mato Grosso do Sul.

Segundo a delação homologada pelo ministro do Supremo Tribunal federal Edson Fachin, os pagamentos de propina na gestão de André Puccinelli foram operacionalizados por Ivanildo da Cunha Miranda, conhecido como Cervejeiro, e André Luiz Cance.

Entre a lista de empresas que emitiram notas falsas, o Ibope aparece tendo emitido R$ 2,8 milhões divididos entre 44 notas fiscais emitidas entre 2011 e 2014. Segundo os delatores essas notas fiscais eram falsas para justificar o repasse da propina.

A empresa MB Produções Cinematográficas supostamente emitiu R$ 1,1 milhão em 14 notas frias entre 2010 e 2012.

Em depoimento para a PGR (Procuradoria-Geral da República), o empresário Wesley Mendonça Batista, um dos delatores da JBS, detalha esquema de pagamento de propinas em troca de incentivos fiscais que teria ocorrido em Mato Grosso do Sul. Segundo a confissão realizada em 4 de maio, o conluio começou com Zeca do PT, passando por André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

“Mato Grosso do Sul é um esquema de benefícios fiscais para a redução da alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Esse esquema começou quando o Zeca do PT foi eleito, não me recordo a data, no início de 2000 por aí, se não me falha a memória. Começou com ele esse esquema conosco, de pagamento de propina em troca de redução da alíquota do ICMS no Estado”, declara.

Citado como um dos beneficiários do esquema de propina do grupo JBS, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) negou com veemência as acusações, e chamou a história de “inverossímil”, devido aos valores.

“É inverossímil a história de R$ 30 milhões mais R$ 60 milhões, pois tem de ver quanto os benefícios teriam reduzido de ICMS. Os ‘pseudo’ R$ 90 milhões não caberiam dentro da redução de ICMS dos incentivos . É só pegar os termos de acordo e somar”, afirmou.

Fonte - TopmidiaNews

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