Publicado em 15/11/2017 às 09:24, Atualizado em 15/11/2017 às 12:27

Prisão de André provoca tsunami político e deixa o PMDB sem rumo

Partido deve adiar a convenção que homologaria o ex-governador na presidência.

Redação,
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André Puccinelli a caminho do Centro de Triagem - Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

A prisão do ex-governador André Puccinelli pela Polícia Federal, às vésperas de assumir a presidência regional do PMDB, provocou tsunami político em Mato Grosso do Sul. O partido ficou sem rumo.

A reunião de ontem para discutir o planejamento da convenção de sábado (18) foi cancelada, justamente porque o ex-governador ficou impedido de participar.

A avaliação é de que o estrago sobre a pré-candidatura do ex-governador está feito.

Não há tempo plausível para limpar a imagem dele, manchada com a prisão preventiva – por tempo indeterminado.

Os advogados de André até podem conseguir tirá-lo da cadeia por meio de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). Mas politicamente, na análise de parlamentares, o ex-governador ficou inviabilizado para concorrer à sucessão estadual.

A Operação Papiros de Lama da PF foi deflagrada para investigar desvio de R$ 235 milhões dos cofres públicos.

O deputado estadual Paulo Siufi defendeu o adiamento da convenção regional do PMDB “em respeito ao André”. A prisão do ex-governador pegou os seus correligionários de surpresa. Ninguém imaginava operação da Polícia Federal no momento das definições políticas dentro do PMDB que envolvem André.

Mas há aliado que ainda acredita numa reviravolta. É o caso do deputado federal Carlos Marun. Para ele, se a delação for infundada, André pode sair como vítima desse processo. “André continua a nossa prioridade”, afirmou deputado Siufi.

Conteúdo - Correio do Estado