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13/05/2017 às 13:04, Atualizado em 13/05/2017 às 11:06

Patrimônio de ex-secretário de fazenda de MS aumentou em mais de 1000%

André Cance e a ex-mulher enriqueceram com esquema de lavagem de dinheiro e propina.

O ex-secretário adjunto de Fazenda de Mato Grosso do Sul, André Cance é um dos investigados da Operação Lama Asfáltica que mais enriqueceu com os crimes de lavagem de dinheiro e recebimento de propina.

Segundo dados da Receita Federal, o patrimônio da ex-mulher dele, Ana Cristina Pereira da Silva passou de R$ 1,1 milhão em 2010 para R$ 16 milhões em 2014.

Investigação apontou que esta evolução patrimonial é incompatível com os rendimentos de Ana Cristina, “ainda que fossem considerados os rendimentos declarados por André Cance” e identificou acréscimos patrimoniais superiores a R$ 2 milhões por ano.

Na casa de Ana Cristina foram apreendidos documentos que comprovam prática de lavagem de dinheiro. Um deles mostra que o empresário João Baird pagou R$ 150 mil para MC Reflorestadora e outros R$ 50 mil para a ex-mulher de Cance. Como Ana não faz parte do quadro societário da empresa, ficou comprovado que se trata de lavagem de dinheiro.

As investigações apontaram ainda que Cance intermediava os pagamentos e negociações do ex-governador André Puccinelli (PMDB) com a Gráfica Alvorada e JBS. Além disso, ele recebia pagamentos da Ice Cartões, empresa responsável por emitir documentos para o Detran.

ENTENDA O CASO

Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal deflagraram, na quinta-feira (11), a quarta fase da Operação Lama Asfáltica - Máquinas de Lama. Objetivo da ação policial é desarticular organização criminosa que desviou recursos públicos com direcionamento de licitações, superfaturamento de obras, aquisição falsas ou ilícita de produtos e corrupção de servidores. A estimativa é de que o prejuízo causado aos cofres públicos seja de aproximadamente R$ 150 milhões.

Esta nova fase da investigação resulta da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores. De acordo com a polícia, são evidentes as provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos falsos que justificavam a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos.

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