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24/04/2024 às 07:00, Atualizado em 23/04/2024 às 18:02

Não vamos viver em eterna briga, diz Lula sobre relação com Congresso

Presidente falou da relação entre Executivo e Legislativo federais e sua relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira, durante café da manhã com jornalistas

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Lula negou problemas no relacionamento com o Congresso. Foto - Ricardo Stuckert/Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com jornalistas no café da manhã desta terça-feira (23) e durante o encontro, negou haver problemas de relacionamento entre os poderes Executivo e Legislativo federais ao falar dos recentes embates políticos entre as duas esferas.

"A gente não vai viver em uma eterna briga. Porque se você optar pela briga não aprova nada. O país é prejudicado, vamos conviver com todo mundo", afirmou Lula para os jornalistas que fazem a cobertura da Presidência da República em Brasília.

Na segunda-feira (22), no entanto, durante o discurso para apresentar o programa Acredita, Lula pareceu c obrar seus ministros para reforçar a articulação política.

Conversa entre Lula e Lira

O chefe do Executivo foi questionado sobre a relação do governo e dele próprio com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

"Eu sinceramente não acho que a gente tenha problema no Congresso. A gente tem situações que são as coisas normais da política. Vamos só lembrar um número. Nós temos 513 deputados e meu partido só tem 70. Nós temos 81 senadores e o meu partido só tem 9", afirmou o presidente, comentando que seu governo não tem maioria no Legislativo.

No domingo (21), Lula teve um encontro com Lira, mas optou por não tornar público os temas conversados entre os dois.

Relatou que se tratou apenas de uma "conversa" e não de uma "reunião", do contrário teria levado os seus líderes do Congresso. "Como é conversa entre dois seres humanos, eu peço a vocês que não sou obrigado a dizer a conversa que eu tive com Lira", afirmou.

Embate entre poderes

O último episódio que causou desconforto entre o Executivo e o Legislativo aconteceu em 10 de abril, após a decisão da Câmara de manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos três mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ). Visto como um dos derrotados, Lira fez duras críticas contra contra o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Em uma entrevista, o presidente da Câmara afirmou que Padilha era um "desafeto" e um "incompetente", o que causou um mal-estar com o governo, agravando a crise entre os Poderes.

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