O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, em reunião fechada com lideranças petistas de São Paulo, que o mercado financeiro tem promovido "um verdadeiro terrorismo" contra a sua pré-candidatura à Presidência da República ao projetar uma disparada do dólar e queda da bolsa com uma eventual vitória sua na disputa do ano que vem.
— O mercado não vota. É o povo. Não tenho medo do mercado — disse o petista, segundo aliados.
Nas palavras do ex-presidente, o mercado financeiro tenta propagar a existência de uma guerra de classes. Ele também disse que, durante o seu governo, a bolsa de valores bateu recorde de pontuação e que o seu objetivo é promover a retomada do crescimento.
— Diziam que eu iria quebrar o país. Eu fui presidente, e o país não quebrou — afirmou Lula, segundo aliados.
O petista também tratou da pré-candidatura de Luiz Marinho ao governo de São Paulo, que será lançada nesta sexta-feira. O ex-presidente afirmou que o ex-prefeito de São Bernardo do Campo é o nome credenciado para unir o partido no estado. Se comprometeu ainda a não interferir na disputa para pedir que Marinho retire a candidatura. Dentro do PT, há o temor de que o ex-presidente faça um movimento para que Fernando Haddad assuma a cabeça da chapa.
O líder petista acredita que seria viável Haddad disputar o Senado ao lado de Eduardo Suplicy. No ano que vem, cada estado elegerá dois senadores. O ex-prefeito de São Paulo não está disposto a entrar na disputa nessa condição.
Como argumento, Lula lembrou que, em 1986, Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas se elegeram senadores em São Paulo pelo PMDB.
Fonte O Globo
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