Publicado em 26/08/2017 às 13:40, Atualizado em 26/08/2017 às 13:42

Ex-presidente do STJ recebeu R$ 5 milhões de suborno, diz Palocci

Ex-ministro diz que dinheiro foi para barrar Operação da Justiça.

Redação,
Cb image default
Divulgação

O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, declarou que o ex-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Cesar Asfor Rocha, teria recebido R$ 5 milhões em suborno para barrar a Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Polícia Federal em 2009.

O depoimento faz parte do acordo de delação premiada do ex-ministro com a Justiça, preso em Curitiba. Segundo Palocci, os pagamentos de suborno foram feitos pela empreiteira Camargo Corrêa, investigada na Operação Castelo de Areia.

A Operação investigava a construtora e outras empresas e políticos, também investigados na Operação Lava-Jato. A Castelo de Areia foi interrompida por uma medida liminar de Rocha concedida em 2010, quando ele era então presidente do STJ.

Rocha acolheu um pedido dos advogados da Camargo Corrêa, que alegaram que a Operação era ilegal por ter utilizado interceptações telefônicas oriundas de denúncias anônimas. Foi a primeira vez que o ministro concedeu liminar nesse sentido.

De acordo com Palocci, o suborno pago a Rocha foi depositado em uma conta no exterior. Quem acertou o pagamento foi o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, morto em 2014.

Bastos teria prometido a Rocha também o apoio para que o ministro fosse indicado a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o que acabou não acontecendo. Rocha, a Camargo Corrêa e a família de Bastos negam as acusações.

Conteúdo - Midiamax