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28/07/2017 às 07:31, Atualizado em 27/07/2017 às 22:23

Deputados voltam do recesso na próxima semana e retomam CPI

Comissão investiga esquema de notas fiscais 'frias'.

A próxima semana será marcada pelo fim dos recessos parlamentares na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de Campo Grande e retomada dos trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Irregularidades Fiscais e Tributárias do Governo de Mato Grosso do Sul.

Alegando impossibilidade de manter os trabalhos durante as “férias” dos deputados, a CPI resolveu “dar um tempo”. Seguindo o regimento interno da Assembleia Legislativa, o recesso acontece de 17 de julho a 1º de agosto. De acordo com o cronograma, a comissão voltará a se reunir na tarde do dia 2 de agosto (quarta-feira), no plenarinho Deputado Nelito Câmara.

A CPI investiga denúncia realizada pelos executivos da JBS, Joesley Mendonça Batista, Wesley Mendonça Batista e Ricardo Saud, do pagamento de diversas notas fiscais ‘frias’ emitidas por pessoas físicas ou jurídicas entre os anos de 2010 a 2017, sem o devido fornecimento de bens ou serviços, em contraprestação à suposta concessão indevida de benefícios fiscais pelo Estado de Mato Grosso do Sul.

O presidente da CPI, Paulo Corrêa (PR), afirma já ter identificado irregularidades cometidas pelo grupo JBS no cumprimento dos termos de acordo para receber incentivos fiscais do governo. A comissão analisa cinco Tares (Termos de Ajustamento de Regime Especial) em que a empresa se compromete em investir R$ 1 bilhão no Estado. A gigante do setor de frigoríficos recebeu R$ 350 milhões em incentivos fiscais do governo como forma de compensação. A CPI poderá requisitar a devolução desse montante.

Documento do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) obtido pelo Midiamax confirmou que ao menos parte do gado supostamente vendido por agentes públicos ligados ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nunca foi abatido pelos frigoríficos da JBS no estado.

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