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17/04/2024 às 06:30, Atualizado em 16/04/2024 às 16:32

Deputados divergem sobre decisão de compra de terras para indígenas em Dourados

Pedro Kemp (PT) e Pedrossian Neto (PSD) debateram solução apresentada por presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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Deputado estadual Pedro Kemp (PT) disparou no microfone: ' então deixar como está', no intuito de alfinetar colega no plenário (Foto: Luciana Nassar)

Durante a sessão desta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa, os deputados estaduais debateram a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Campo Grande, na última sexta-feira (12).

Além de ressaltarem a exportação da carne para a China, eles debateram a proposta que o petista fez para o governador Eduardo Riedel (PSDB) para comprar fazendas para os indígenas de Dourados.

Deputado estadual Pedro Kemp (PT) destacou o pedido de Lula como sendo uma solução pacífica e viável. “A terra indígena de Dourados é a maior reserva do Estado. Houve a promessa para comprar uma área para ampliar e dar dignidade para os guarani-kaiowá”.

Em seguida, o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD) rebateu o elogio. “Depois de 30 anos de conflito, com 200 propriedades invadidas, da forma que estão tratando o produtor, vem falar que vai comprar outra fazenda? Essa não é a forma correta de tratar a questão”, disparou.

Para ele é necessário cumprir a lei de direito à propriedade e da repercussão geral do voto do Marco Temporal. “A decisão é que haja demarcações apenas após indenização prévia. Não vamos aceitar remendo. E o presidente da república tem que tratar de forma correta o produtor rural, ainda que bem intencionada essa solução é inadequada”.

Kemp decidiu fazer a tréplica sobre a questão e pediu para retirar o que tinha dito. “Vou retirar o elogio à proposta do presidente e então deixar como está. Propriedades ocupadas por índios, ninguém faz nada. Como o governo do ex-presidente Bolsonaro fez e o problema vai ser varrido para debaixo do tapete. O presidente sinalizou indenização, por pagamento justo da terra aos produtores. Se não quer falar nisso, deixa o conflito para ver como fica”.

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