Publicado em 19/05/2017 às 12:30, Atualizado em 19/05/2017 às 12:01

Deputados de MS assinam um dos 3 pedidos de impeachment contra Temer

Presidente disse em pronunciamento que não renunciará .

Redação,

Desde que o presidente Michel Temer (PMDB) disse em pronunciamento que não renunciará à presidência do Brasil, pelo menos três pedidos de impeachment foram protocolados na Câmara dos Deputados. O terceiro pedido de parlamentares do PSDB conta com assinatura dos deputado por Mato Grosso do Sul, Elizeu Dionízio e Geraldo Resende.

Apesar do documento contar com assinatura de sete deputados do PSDB, o partido oficialmente ainda não anunciou sua saída da base aliada de Temer. O pedido de impeachment foi encabeçado pelo deputado João Gualberto (PSDB-BA). Elizeu Dionízio não foi localizado pela reportagem para comentar a adesão ao pedido de saída do presidente.

Em sua página no Facebook, Resende afirmou que quer a imediata renúncia de Temer e também no senador Aécio Neves, presidente da sigla e flagrando negociando propina. "Se fui um dos que ajudou a retirar Dilma, agora também o farei com o atual presidente, aliás vice na chapa vitoriosa de 2014, com apoio dos petistas e sindicalistas hoje na oposição!".

Os outros dois pedidos de impeachment foram apresentados pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), ontem à noite, e também por João Henrique Caldas (PSB-AL), que atua como secretário da Mesa.

Todos os pedidos precisam ser aprovados pelo presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A delação

O jornal "O Globo" informou que as conversas para a delação dos irmãos donos da JBS começaram no final de março. Os depoimentos foram coletados do início de abril até a primeira semana de maio. O negociador da delação foi o diretor jurídico da JBS, Francisco Assis da Silva, que depois também virou delator,

De acordo com reportagem , os donos da JBS disseram na delação à PGR que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na Operação Lava Jato.

Em gravação, feita em março, o empresário diz a Temer que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que permanecessem calados na prisão. Diante dessa informação, Temer diz, na gravação: "tem que manter isso, viu?"

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência disse que o presidente Michel Temer "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar".

Fonte - Midiamax