Publicado em 18/08/2017 às 14:08, Atualizado em 18/08/2017 às 16:11

Presos reclamam de comida e fazem motim em delegacia de MS

Houve um princípio de rebelião, quando os presos começaram a gritar a chutar as grades da cadeia.

Redação,
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Divulgação

Detentos da delegacia de Polícia Civil de Água Clara, realizaram um motim na noite de ontem (17), após reclamarem das condições do local, alegando que a comida entregue estaria azeda.

Segundo o boletim de ocorrência, durante o plantão policial, os presos se recusaram a comer a comida fornecida na cadeia. O plantonista recolheu as marmitas e as levou até a sala do delegado de polícia para que ele se certificasse da real condição dos fatos.

O delegado verificou e disse que a comida estaria em ótimas condições, indo em seguida conversar com os detentos. Os presos disseram que era desaforo por parte dos policiais não reconhecer a qualidade ruim da alimentação e, em sequência, o delegado comeu o alimento de algumas das refeições em frente aos custodiados e atestou a boa qualidade.

Após alguns minutos, houve um princípio de rebelião com gritos exaltados dizendo que iriam derrubar as grades das celas e também a própria delegacia. Os presos começaram a chutar as grades e, para controlar o tumulto, a Polícia Militar precisou ser acionada.

O delegado reclama da situação do local, alegando a falta de servidores e que devido à falta de estrutura, os presos estão sem banho de sol periódico, visitas semanais e íntimas.

Conforme o presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Giancarlo Miranda, é nítida que a situação da delegacia de Água Clara está insustentável. “Por enquanto foram rebeliões que conseguiram ser contidas, mas que precisam de medidas urgentes. Até quando as autoridades vão esperar para resolver essa situação? Será preciso morrer mais um policial civil para que tomem providências? Ou que vitimem um cidadão durante uma fuga?” ponderou indignado.

No local que cabem oito, estão custodiados 20 presos provisórios, sendo que a maioria já passou por audiência de custódia e aguarda transferência para unidades prisionais. O Sinpol-MS cobrará providências urgentes das autoridades competentes.

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