Publicado em 02/09/2017 às 11:39, Atualizado em 02/09/2017 às 11:42

Pirâmide era administrada em salas das secretarias de Fazenda e Governo

Gaeco afirma que servidor destas secretarias era “sócio-oculto”.

Redação,
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Servidor público estadual Luiz Alberto Oliveira Azevedo - Bruno Henrique/Correio do Estado

Apesar de os documentos oficiais apontarem que a Pirâmide Central Informática pertence a José do Patrocínio Filho e Fernando Roger Daga, os promotores do Grupo de Apoio Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) concluíram que quem manda de verdade na prestadora de serviços - alvo principal da Operação Antivírus - é o servidor público estadual Luiz Alberto Oliveira Azevedo, o “Beto”.

Beto trabalha no centro do poder do Estado de Mato Grosso do Sul: as secretarias de Governo e Gestão Estratégica (Segov) e de Fazenda (Sefaz), no Parque dos Poderes. Era desses prédios que ele coordenava, segundo o Gaeco, as ações da Pirâmide, empresa que recebeu R$ 4,9 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) entre setembro do ano passado e março deste ano em contrato firmado sem licitação.

Fernando Daga, apesar de proprietário, não demonstrava a autonomia que faz juz à sua função na empresa, conforme indicam os diálogos interceptados.

No governo do Estado, Beto é analista de tecnologia de informação na Sefaz, onde tem salário fixo de R$ 17,1 mil. Na Segov, o servidor é assessor, e tem outro salário, de R$ 4,9 mil.

No pedido de prisão preventiva de Beto, Fernando Daga (e dos outros envolvidos com o esquema de corrupção no Detran em operação desencadeada na última terça-feira), os promotores do Gaeco Marcos Roberto Dietz, Thalys Franklyn de Souza, Tiago di Giulio Freire e Fernando Martins Zaupa, afirmaram que o servidor, era “sócio-oculto” da Pirâmide Informática.

Conteúdo - Correio do Estado