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28/01/2023 às 07:00, Atualizado em 27/01/2023 às 16:54

Mais uma onça-pintada morre atropelada na BR-262, que corta o Pantanal

Animal não resistiu após ser atingido por veículo na altura do km 626, no sentido Miranda a Corumbá

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Divulgação

Uma onça-pintada morreu nesta sexta-feira (27) atropelada na BR-262, na altura do km 626, próximo à Fazenda BrPec, entre Miranda e Corumbá.

O animal foi encontrado por volta das 8h, pelo funcionário do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) que realiza o serviço de retirada de bichos mortos da rodovia, mas que não quis se identificar.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) foi acionada, resgatou o corpo do felino. O bicho é um macho adulto e será taxidermizado para ser utilizado no trabalho de educação ambiental.

O ponto em que a onça-pintada foi encontrada fica próximo a uma ponte, onde passa a vazante de um rio. É comum encontrar corpos de animais silvestres em vida atropelados no local, porque eles vão em busca de água, publicou o Campograndenews.

“Sou operador de máquinas e trabalho na rodovia para desobstruir a pista. Estou há seis anos trabalhando nesse trecho da BR-262 entre Miranda e Corumbá. Todo dia vemos animais atropelados. É bem triste. Achamos bastante anta e tamanduá. É o que o mais tem. Agora é época de tatu galinha morto. Tem demais”, revela.

Por se tratar de uma onça-pintada, o procedimento do operador de máquina é acionar as autoridades. Os demais bichos são escanteados para a margem da rodovia ou enterrados, dependendo do tamanho.

O local fica na região conhecida como Passo do Lontra, no Pantanal Sul. Segundo o trabalhador, filhotes de onça-pintada geralmente ficam na estrada. “Os filhotes não temos o que fazer. Os veículos passam por cima e ficam esmagados. Cerca de seis meses atrás teve uma onça-pintada também. Mas onça parda é normal. Mês passado teve uma onça parda, no mesmo ponto dessa. Um cara passou lá e arrancou a cabeça dela. É muito comum esse tipo de coisa aqui”, lamenta.

Desde 2016, o IHP (Instituto do Homem Pantaneiro) já contabilizou 14 onças mortas por atropelamento nas rodovias que cortam o Pantanal de Mato Grosso do Sul. A rodovia promove diariamente uma chacina da fauna pantaneira.

Por dia, 700 carretas passam pelo trecho que corta o Pantanal para transportar minérios até São Paulo. Em 2021, uma média de 20 mil animais silvestres foram encontrados mortos em decorrência de atropelamentos nesta rodovia, no trecho entre Campo Grande e Corumbá.

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