Publicado em 26/10/2017 às 19:04, Atualizado em 26/10/2017 às 15:12

Funcionário de Pavão e menino de 5 anos são executados no Paraguai

Para a polícia paraguaia, o ataque tem a ver com a guerra travada atualmente entre facções criminosas em Pedro Juan Caballero.

Redação,
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Foto: ABC Color

Um funcionário do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão e um menino de cinco anos de idade foram executados por pistoleiros na tarde desta quarta-feira, dia 25 de outubro, em Assunção, capital do Paraguai. Segundo a polícia daquele país, os matadores saíram de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, para executar Willian Gimenez Bernal, 28 anos, que estava morando em Assunção, onde Pavão cumpre pena há quase oito anos.

O atentado ocorreu no momento em que Willian Bernal deixava uma casa no bairro Madame Lynch, na capital paraguaia, em uma caminhonete Toyota Fortuner, de cor prata.

Assim que o veículo saiu do estacionamento, os pistoleiros dispararam dezenas de tiros de fuzil na caminhonete. Gabriel Giménez González, de cinco anos, morreu na hora. Willian tentou fugir a pé, mas foi alcançado e executado no meio da rua. Willer Fidelino Lezcano Giménez, 25 anos, segurança de Willian, ficou ferido dentro do veículo.

Na casa onde o funcionário de Pavão estava morando os policiais prenderam o brasileiro Heber Luiz de Figueiredo Souto, 28 anos. Assim que abriu o portão para o patrão sair, os pistoleiros começaram a atirar, mas ele correu e conseguiu fugir. A detenção é para averiguar se Heber é procurado pela Justiça brasileira.

De acordo com policiais paraguaios, a casa onde Willian Gimenez Bernal estava morando foi alvo de buscas há dois meses, por suspeita de servir de esconderijo para membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). Pavão é apontado como sócio da facção criminosa brasileira.

Para a polícia paraguaia, o ataque tem a ver com a guerra travada atualmente entre facções criminosas em Pedro Juan Caballero. Willian Bernal era cidadã pedrojuanino e a caminhonete usada por ele está em nome da empresa Grupo Cristo Rey, de Pedro Juan Caballero. A empresa foi alvo de seis ataques neste ano.

Conforme o jornal ABC Color, a empresa Cristo Rey está em nome dos brasileiros Marcel Martins Silva e Juraci Cândido da Silva. Marcel sofreu dois atentados em 2017. Um dos empreendimentos do grupo é a fazenda Cristo Rey, na colônia Lorito Picada, em Pedro Juan. Em agosto deste ano, vários membros do PCC foram presos na propriedade. (Campo Grande News)