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02/04/2017 às 11:34, Atualizado em 02/04/2017 às 11:50

Governo paraguaio demite ministro e chefe da polícia após morte de manifestante

Jovem de 25 anos morreu baleado durante invasão à sede de partido. Ativista participava de protestos depois que o Senado aprovou a reeleição no Paraguai.

O governo paraguaio demitiu neste sábado (1º) o ministro do interior, Tadeo Rojas, e o chefe de polícia, Críspulo Sotelo, depois que um jovem de 25 anos morreu baleado durante os protestos no Paraguai, após o Senado aprovar, na sexta-feira (31), a reeleição presidencial.

Segundo a imprensa paraguaia, o tiro foi disparado por um policial durante a invasão da polícia à sede de um partido político na capital, Assunção.

Uma câmera de segurança registrou o momento da invasão do Partido Liberal Radiacal Autêntico (PLRA), de oposição. Ativistas buscaram refúgio no local para fugir dos tumultos na rua. A polícia entrou e disparou balas de borracha, houve correria e Rodrigo Quintana foi atingido na cabeça.

Após a invasão, o Ministério do Interior informou que vai abrir uma investigação para apurara as circunstâncias da morte do ativista.

Testemunhas disseram ainda que vários integrantes estavam se regrupando após os protestos e fugiram para a sede do PLRA por causa da truculência da polícia nas ruas.

A agência de notícias France Presse informa que, entre os feridos pelo impacto das balas de borracha, está o próprio presidente do Congresso, o opositor Roberto Acevedo; Efraín Alegre; e o deputado liberal Edgar Acosta, atingido na boca por um projétil.

Ainda de acordo com a AFP, 211 pessoas foram detidas, entre elas menores de idade, que ficaram alojados na sede do Agrupamento Especializado da Polícia Nacional, declarou uma fonte policial.

Conteúdo - G 1

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