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31/08/2017 às 20:00, Atualizado em 31/08/2017 às 17:42

Sem diretores no Detran, pagamento de diárias e a fornecedores paralisam

Exames práticos para obtenção de CNH no interior também estão parados.

Sem comando, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran) enfrenta dificuldades para aprovar o pagamento de diárias para servidores que precisam se deslocar para o interior e também a fornecedores, que estão sem receber desde terça-feira, dia 29, quando diretores do departamento foram presos na Operação Antivírus do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran), Octacílio Sakai Júnior explica que os exames práticos para obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas cidades do interior estão paralisados porque servidores da Capital, que precisam ir até as cidades acompanhar os processos, estão sem receber diárias de viagem desde segunda.

Para que o procedimento seja feito, é preciso a assinatura de diretores do departamento, mas quatro estão impedidos até mesmo de entrar na sede do Detran e também de manterem contato com funcionários do órgão. “O Detran está sem comando, mas graças aos servidores, não está parado”, sustentou Sakai.

O sindicalista disse ainda que fornecedores estão impedidos de receber pagamentos, também devido à ausência dos diretores. “São procedimentos que precisam da assinatutra da direção, mas como não tem ninguém, isso aí fica parado. Tem coisas que precisa da assinatura deles e não tem que substitua isso aí”, comentou.

Para ele, há demora do governo do Estado em exonerar os quatro diretores e um chefe de setor presos na terça-feira e investigados pelo Gaeco. “Todos estão indignados porque ainda não saíram essas exonerações e também não saiu a nomeação de ninguém que assine os documentos”, ressaltou.

Sakai sustenta que o Detran se tornou “cabide político” e que “por terem colocado pessoas por indicação política na direção, o órgão está sendo sucateado para haver terceirização de serviços que podem ser feitos pelos próprios servidores”, ressaltou, enfatizando que “esses diretores que saíram não podem voltar, precisam ser substituídos, os servidores não vão mais aceitá-los”.

O diretor presidente do Detran, Gerson Claro Dino e seu adjunto, Donizete Aparecido da Silva, os diretores de finanças e de tecnologia, Celso Braz de Oliveira Santos e Gerson Tomi, respectivamente e o chefe de execução orçamentária, Érico Mendonça, foram presos na terça-feira, mas soltos ontem, após deferimento de habeas corpus pelo desembargador João Maria Lós, do Tribunal de Justiça.

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